
A falta de energia elétrica após as fortes chuvas da tarde desta segunda-feira (15), adiaram a sessão ordinária da Câmara de Ribeirão Pires para esta terça-feira (16). A expectativa é que aconteça a primeira votação do projeto de lei que autoriza a demolição da Fábrica de Sal para que o terreno vire alvo de investimentos privados como a construção de shopping center. Nos bastidores, o governo ainda tenta articular para conseguir os votos necessários para a aprovação da propositura.
A votação que aconteceria nesta segunda era vista com maus olhos por alguns vereadores, principalmente Renato Foresto (PT) que considerava que qualquer tipo de debate em plenário do projeto só aconteceria após a audiência pública, a princípio marcada para a próxima quinta-feira (18). “Marcamos uma audiência para debater o assunto, mas estão querendo votar logo”, disse o petista. O projeto do Executivo não está na ordem do dia da sessão, mas segundo informações dos bastidores entrará na pauta como urgência.
Para que se tenha a aprovação são necessários 12 votos (maioria absoluta). A princípio o Executivo tem o apoio de 11 vereadores. Oposicionistas acreditam que o Governo não chegará ao número necessário até a votação. Diferente da semana passada quando a maioria dos manifestantes foram de pessoas contra a proposta, antes da sessão desta segunda, um grupo de apoiadores do prefeito Saulo Benevides (PMDB) foram ao Legislativo para demonstrar o apoio a propositura.
Nos últimos dias, Benevides vem usando as redes sociais para falar sobre o projeto do “Shopping Ribeirão Pires”. Segundo o peemedebista, a proposta saiu após uma pesquisa que apontou que a população de Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e do bairro Guapituba, em Mauá, gastam fora desta microrregião R$ 111,9 milhões por mês “e que esse recurso poderia ficar em Ribeirão pires, gerando cerca de 1 mil empregos, através de lojas, cinemas, bancos, restaurantes e outros empreendimentos”, explicou o prefeito.
A aprovação da demolição da Fábrica de Sal pode acontecer antes da resposta do pedido de tombamento do local feito ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão da Secretaria Estadual de Cultura.