
Santo André lança nesta sexta-feira (4) a campanha sobre o Dia Internacional da Mulher (8 de março), com diversas atividades até o final do mês, como oficinas, palestras, shows, encontros e exibição de filme. Um dos destaques será a distribuição de um gibi – Quem ama abraça ….fazendo escola -, para os 38 mil estudantes da rede de ensino, como parte de uma ação que o município trabalha deste 2014, quando começou com a formação de educadores para ajudar no enfrentamento da violência contra a mulher. Agora, a ideia é trabalhar o estudante sobre o assunto.
Silmara Conchão, secretária de Políticas para Mulheres, pasta responsável pela campanha, explica que a escola é uma grande porta aberta para identificação da violência contra a mulher e é fundamental no processo de transformação. “Precisamos trabalhar a educação sexista, entender o conceito de gênero, desconstruir o que está errado e que a sociedade tanto deturpa, precisamos combater a discriminação e a desigualdade, cujo resultado é só violência”, resume a socióloga.
Em 44 páginas, o gibi traz a história de sete estudantes que assistem a cenas de violência contra a mulher e são estimulados, juntos com os demais colegas da escola, a realizar trabalhos sobre o assunto em todas as disciplinas e na sala de aula. Racismo, homofobia, desigualdade e machismo são bastante abordados.
O gibi, que oferece, ainda, jogos de palavras é uma parceria do município com a Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh), Instituto Magna Mater e o Instituto Avon.
ONU
Nesta terça-feira (01/3) Silmara Conchão participou do painel Gênero e Cidades, durante o encontro Rumo a Habitat III, em São Paulo, preparativo para a 3ª Conferencia das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, que acontece no Equador, em outubro. No painel, Silmara falou sobre o papel da cidade para a melhoria de vida das mulheres e as experiências delas no acesso a serviços públicos, à educação e aos bens de consumo, especialmente em termos de qualidade de vida e de trabalho. A secretária apresentou, ainda, a experiência de luta dos movimentos de mulheres, a participação política e as conquistas em políticas públicas com a perspectiva de gênero em Santo André e no ABC.