Principal alvo de demandas da população de Ribeirão Pires, a contratação de professores foi abordada durante a entrevista com a secretária de Educação Flávia Banwart, nesta terça-feira (20/06), no RDtv. A chefe da pasta afirmou que existe uma previsão para que professores temporários sejam chamados em agosto, porém ainda não tem prazo para acontecer o chamamento dos profissionais que passaram no concurso realizado em 2016.
A convocação dos educadores substitutos não será realizada ainda em junho pela proximidade do recesso escolar. Ainda existe a situação burocrática para que estes profissionais possam ocupar essas vagas. Flávia não indicou sobre quantos serão chamados. Em torno dos profissionais efetivos, o chamamento ainda será estudado pelo Executivo.
“Estamos realizando um estudo para saber da situação e de quantos vamos chamar. Precisamos ver esse caso com muito cuidado. Eu não quero ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, explicou a secretária. A LRF impede que o governo gaste mais de 54% com a folha de pagamento, caso esse limite seja ultrapassado, os mandatários podem ficar inelegíveis por oito anos.

O concurso para os professores eletivos aconteceu no ano passado, ainda durante a gestão do então prefeito Saulo Benevides (PMDB). A convocação aconteceu logo após a eleição municipal, algo que não poderia acontecer. O edital acabou cancelado no início do ano, porém alguns profissionais foram chamados. Em alguns casos houve exoneração.
Creches
Questionada sobre as vagas em creches, Flávia Banwart revelou que foram abertas 250 vagas em 45 dias, todas para horários parciais, alvo de demanda do Ministério Público (MP). Porém, ainda se estuda novas maneiras de otimizar as 17 creches do município e assim conseguir abrir novas vagas. Além disso, um estudo social sobre a origem dos alunos será realizado pela Prefeitura, pois existem casos de pais que moram nas cidades vizinhas. A chefe da Pasta da Educação também revelou que existe um plano para tentar construir mais duas creches no próximo ano.
Merenda
Flávia relatou que assumiu a pasta da Educação com muitos problemas para serem resolvidos, entre eles, a merenda escolar. “Não tínhamos alimento suficiente para 15 crianças. Não tinha arroz e feijão, o básico. Tivemos que fazer uma licitação emergencial para garantir o alimento para as crianças. Por causa disso tivemos que adiar o início das aulas”, explicou a secretária.
A licitação emergencial foi alvo de uma audiência pública na Câmara ribeirão-pirense. Os vereadores questionaram a necessidade de fazer tal ato. Em torno de outras licitações, a Prefeitura de Ribeirão Pires ainda tenta resolver as questões referentes a material escolar e aos uniformes, ambas barradas no TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo). A secretária acredita que as impugnações foram feitas por motivação política.