
Entre os dias 1º e 7 de agosto é comemorada a Semana Mundial do Aleitamento e, para apoiar as inúmeras vantagens da amamentação para mães e bebês, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) concede benefício para as funcionárias. A mãe que volta ao trabalho após a licença-maternidade e continua com a amamentação tem a carga horária reduzida em duas horas por dia até o bebê completar um ano de idade.
Já foram beneficiadas 651 colaboradoras com a redução de duas horas no horário de trabalho para amamentação. Segundo a companhia, as funcionárias ficam mais felizes e atuam com mais disposição e segurança, pois a redução do horário nessa fase contribui para o bem-estar emocional. Pela lei trabalhista, as empresas permitem dois intervalos de meia hora até os seis meses da criança.
A agente de segurança Lúcia de Andrade Coelho, 42 anos, conseguiu retornar ao trabalho com mais tranquilidade. Ela amamenta a Luma, de seis meses, antes de sair de casa e assim que chega. “É maravilhoso, pois eu chego mais cedo e fico com a minha filha, ainda mais nesta fase que ela mama bastante”, conta. Como as noites de sono ainda não estão regulares, a carga horária menor dá mais tempo de descanso para a agente de segurança nesta fase.
A ação da CPTM vai ao encontro do tema deste ano da Semana Mundial do Aleitamento Materno: “Capacite os pais e permita a amamentação, agora e no futuro!”. O objetivo é conscientizar os pais, a família e as empresas sobre a importância de uma rede de apoio para as mães que amamentam.
O apoio foi realmente importante para que a analista de tecnologia da informação Carolina Dias dos Santos, 35 anos, continuasse com a amamentação do Davi, de sete meses. Ela conta que teve dificuldades no início, mas com o apoio do marido e da empresa logo se adaptou à nova rotina. “Esse tempo a mais com o bebê é importante agora para a gente se preparar para ficar mais tempo fora de casa”, diz.
A agente de segurança Lúcia Perazzo, 38 anos, também viu na prática as vantagens quando se tem uma rede de apoio. Ela está feliz em poder amamentar Agatha, de oito meses. Ela só amamentou por um mês o primeiro filho, hoje com 20 anos. Na época, trabalhava em outra empresa e não teve a ajuda necessária quando o leite secou. “Agora, posso vivenciar uma ligação afetiva maravilhosa”, afirma.
Para a CPTM, o estímulo à amamentação é uma das formas de trazer qualidade de vida para as funcionárias. “Essa transição de carga horária para a mãe ajustar a nova rotina da casa com o trabalho é fundamental para o bem-estar emocional. É uma forma de reafirmar que as mulheres são bem-vindas na empresa”, afirma o gerente de recursos Humanos da CPTM, Ivan Moreno.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida a fim de evitar desnutrição e doenças gastrointestinais. Da mesma forma, há benefícios para as mamães, já que o ato de amamentar pode reduzir os riscos de desenvolvimento de diabetes tipo 2, câncer de mama e ovário.