
Os conselhos de Meio Ambiente de Diadema (Condema) e do Patrimônio Histórico, preparam documento único para apresentar à Promotoria do Meio Ambiente e evitar o corte de árvores da praça Castelo Branco, no Centro. Na quarta-feira (4), em vistoria realizada na praça, a presidente do Conselho do Patrimônio, Loli Gagliardi, foi surpreendida com 14 árvores marcadas com tinta vermelha, o que significa que serão derrubadas.
Durante a sessão legislativa da Câmara, nesta quinta-feira (5) Loli e o vice-presidente do Condema, Francisco de Assis Cardoso, relataram toda a negociação com o governo no ano passado que resultou em uma promessa de que as árvores não fossem derrubadas. “Estamos pedindo socorro, a ajuda de vocês”, disse Cardoso na tribuna livre. A praça Castelo Branco é tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural.
Da Câmara, os conselheiros tiveram o apoio de alguns vereadores. Josemundo Dario Queirós, o Josa (PT), disse que vai reapresentar requerimento para solicitar os laudos fitossanitários das árvores marcadas e das demais que foram cortadas na cidade. O próprio petista não acredita que algo mude com a mobilização. “Em um ano eles (Prefeitura) não nos encaminharam o projeto, a solução é a Justiça”, disse.
Em julho do ano passado, a promotora Cecília Maria Denser de Sá Astoni instaurou inquérito para apurar a supressão de árvores da praça Castelo Branco. Em nota encaminhada através de sua assessoria, a promotora informou que pediu novos esclarecimentos à Prefeitura.
Em nota, Diadema admitiu o corte de 14 árvores e disse que o Condema autorizou o procedimento. “A construtora já está preparando o canteiro de obras. O projeto passou pelo Condema. Obedecendo a lei municipal 3.720, de 2017, serão suprimidas 14 árvores que apresentam risco de queda devido a problemas fitossanitários e outros, sendo que 4 destas já estão mortas. A Prefeitura vai realizar a “compensação ambiental” providenciando o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica na própria praça”, informa o Paço.