
O Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo) anunciou greve em todo Brasil por tempo indeterminado. Entre os serviços afetados estão transporte de objetos e entrega de correspondências. Já os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje) estão com postagens suspensas. Na expectativa de uma solução, os Correios entraram com dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), nesta quarta-feira (11/9).
A decisão para a paralisação foi tomada na noite desta terça-feira (10), após assembleia com os trabalhadores que pedem reajuste salarial pela inflação de 3,43% e manutenção dos benefícios de vale alimentação, vale refeição e atualização do plano de saúde com inclusão de pais e/ou responsáveis na coparticipação de 30%.
A categoria pede ainda a continuidade de percentual de férias em 70% e afirma ser contra a privatização dos Correios, medida defendida pelo atual governo PSL, do presidente Jair Bolsonaro. “O atual governo e a atual direção da empresa que nos empurraram para essa greve. Estamos há três meses com as reivindicações, mas ninguém nos escuta, estão de palhaçada com a nossa cara”, afirma o presidente do Sintect-SP, Elias Cesário (Diviza).
Ainda na visão do presidente a frente do sindicato, a direção dos Correios, a mando do governo, rejeitou negociação com a categoria. Em vídeo divulgado na página oficial do Sindicato, Cesário afirma: “O próprio TST denunciou isso. Querem acabar com todos os benefícios”, reclama.
Correios
Em nota, os Correios citam a paralisação parcial dos empregados e afirma que o mesmo não afeta os serviços de atendimento da estatal. Ainda de acordo com nota, a empresa já colocou em prática o Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população com medidas de deslocamentos de empregados administrativos, remanejamento de veículo e mutirões.
Afirmam ainda que, participam de encontros com representantes dos trabalhadores para resolver a situação. “Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nos quais foram apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões”.
Dissídio coletivo
Na expectativa de uma solução, os Correios entraram nesta quarta-feira (11), com dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Agora, de acordo com nota, a corte irá avaliar o processo de negociação, ouvindo as partes, e o relator produzirá um voto que será analisado por um colegiado do tribunal, em sessão a ser posteriormente agendada.
De acordo com nota, a rede de atendimento está aberta em todo o país e os serviços, inclusive SEDEX e PAC, continuam sendo postados e entregues em todos os municípios.