
Com a maior parte das intervenções prontas, a reforma da Praça Castelo Branco, no Centro de Diadema, continua fazendo os conselhos do Meio Ambiente (Comdema) e do Patrimônio Histórico torcerem o nariz. Os dois grupos reclamam de não terem recebido o projeto executivo da obra e dizem que alguns aspectos que deveriam ser respeitados foram deixados de lado. A prefeitura nega o não cumprimento dos compromissos e aponta a data da entrega para abril.
Na parte do patrimônio o conselho está preocupado com alguns aspectos da praça que deveriam ser preservados, as luminárias antigas, por exemplo. Outro ponto é a elaboração do conteúdo que estará em três totens que o projeto prevê. Nestes locais seriam colocadas fotos antigas juntamente com um pouco da história da praça. “Parece que estão trocando as luminárias e a prefeitura não nos procurou para tratar do material que vai nos totens”, reclamou a conselheira Loli Gagliardi, que no último dia 20 fez uma vistoria na praça.
Já o Comdema, diz que a prefeitura não respeitou um compromisso com os comerciantes da economia solidária, que ocupavam parte da praça antes da reforma vendendo seus produtos artesanais. Eles estão temporariamente abrigados em um trecho sem saída da rua Sílvio Donini. “Esse é mais um compromisso que não foi respeitado”, disse o presidente do conselho Francisco de Assis. O Conselho do Meio Ambiente realiza na segunda-feira (09) reunião e esse será um dos temas.
Em nota a prefeitura de Diadema, informa que o cronograma da obra está sendo cumprido e que as luminárias antigas serão mantidas. “A previsão para entrega da Praça Castelo Branco é no final do mês de abril e as luminárias antigas serão preservadas”, informou.
A obra da Praça Castelo Branco gera polêmica desde seu anúncio em 2018, quando a administração admitiu cortar árvores para fazer um bolsão de estacionamento no local. Entidades e a sociedade civil se mobilizaram para evitar o corte e até um inquérito civil foi instaurado pelo Ministério Público, mas a prefeitura alegou que algumas estavam doentes ou mortas e derrubou 14 exemplares arbóreos, além da remoção de outras. A empreiteira Codal Engenharia venceu a licitação que aconteceu entre março e abril de 2019 e envolveu recursos de aproximadamente R$ 2,5 milhões.