Entender como anunciar um produto na internet, como fazer uma venda segura e como cativar o cliente são dúvidas comuns de todo comerciante que ainda não está com sua loja virtual consolidada. As estimativas de vendas pela internet no início deste ano já eram muito positivas, mas a pandemia da covid-19 e o isolamento social potencializaram as vendas online que podem chegar ao patamar de R$ 111 bilhões até o final deste ano.
De olho neste mercado muita gente tem recorrido à internet para vender, mas nem sempre conseguem o resultado esperado, porque talvez o investimento não tenha sido feito de forma correta. Pensando nisso o RDTv desta segunda-feira (05/10) conversou com a publicitária Larissa Ferrari, CDO (chief data officer) da Octopus Comunicação e COO (chief operating officer) da Factory Digital Content. que deu dicas importantes sobre a como montar seu próprio site de vendas ou usar plataformas de e-commerce já existentes.
Antes de pensar em montar sua loja virtual primeiro é preciso pensar em que tipo de negócio você se encaixa; se é B2B (Business to Business), ou seja, vai vender para outras empresas; B2C (Business to Consumer) venda para o consumidor final; ou C2C (Consumer to Consumer) vendas entre consumidores. “Depende do perfil, da demanda de produtos e do investimento, que é muito inferior que um comércio físico, mas que mesmo assim demanda verba”, analisa Larissa.

Para a publicitária, baseado na definição de público é preciso em seguida escolher que tipo de plataforma usar, se site próprio ou se vai usar outras plataformas de vendas. “Também é necessário definir pontos fundamentais, como a logística, a forma de pagamento, todas as taxas têm que ser pensadas, se o valor do produto será igual ao da loja física. Para vender qualquer produto as especificações têm que estar claras, além de investir na divulgação desse e-commerce, talvez com um catálogo digital”, diz.
É ponto pacífico que as vendas pela internet tiveram crescimento muito grande por conta da pandemia e essa alta deve se manter, segundo analisa a Larissa. “Até mesmo antes da pandemia vinha em uma crescente, por causa do consumo da internet. De fato, as pessoas já mudaram, elas estão em casa, estão querendo e precisando consumir. A previsão é que até o final desse ano as vendas pela internet cheguem a R$ 111 bilhões, só no Brasil. O produto eletrônico vem em primeiro lugar, depois alimentação, cuidados com o pet e cuidados com beleza”, analisa Larissa.
A publicitária da Octopus comenta que, devido as dificuldades de ingressar no mercado virtual, muitas empresas optam por parcerias com grandes redes e ela explica as razões. “A base de custo é muito menor, para fazer suas transações e vendas ali. O Magazine Luiza veio com essa força, mas tem outras. Você toma emprestado a credibilidade e toda a estrutura daquela e também a audiência daquelas pessoas que já estão ali”, disse Larissa. Ferramentas de análise da concorrência são úteis para a descoberta de novas oportunidades, completa.
Para Larissa o empreendedor deve reservar em média 3% do seu faturamento para investimento em ações de publicidade. “Isso tem que ser encarado como investimento e não como gasto. É muito importante que você reserve determinada verba. Importante também ter um braço profissional ajudando, apresentar fotos bem tiradas do produto e se for um blog que tenha um conteúdo relevante”, afirma.
Larissa Ferrari considera que, mesmo após a pandemia, o patamar alcançado das vendas com a internet vai continuar em alta. “As pessoas se acostumaram a comprar de maneira diferente e é muito difícil um hábito adquirido voltar atrás”, completa.