
Com o agravamento da pandemia, boates e bares foram obrigados a fechar, porém moradores do bairro Campestre, em Santo André cansaram de reclamar de estabelecimentos abertos e com aglomerações. Com a permissão de funcionamento até as 19h, desde o sábado (24/5), a expectativa é que a situação no local se resolva. Não é a primeira vez que o RD relata o problema no bairro para a Prefeitura e a Polícia Militar.
Um morador do bairro, que preferiu não ser identificado, conta que a área sempre foi muito movimentada e que a maior parte dos estabelecimentos respeita os decretos do governo, mas reclama de uma casa noturna que fica aberta todos os dias. “Ela fica na avenida Dom Pedro II, na altura do número 2700, fica aberta até a madrugada. Os frequentadores estacionam os carros em um posto de gasolina e ficam 5 pessoas tomando conta”, reclama o morador.
Segundo ele, uma ronda policial passou em frente ao local e, mesmo assim, as festas continuaram. “A polícia passou na avenida, deu a volta e estacionou na frente da boate e não parou”, expõe.
Outro morador da região, que também não quis se identificar, reclama de outra casa noturna, também na mesma avenida, altura do número 2900. “Já fiz diversas reclamações e a boate funciona todos os dias”, relata ao contar que os donos do estabelecimento conseguem despistar a Guarda Municipal já que o local é fechado. “É muito difícil ver pessoas do lado de fora, eles abrem uma porta lateral, que não fica tão à mostra quanto a que é virada para a avenida, e conseguem continuar com as festas lá dentro”, diz.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informa que monitora os dois estabelecimentos. “Nos últimos dias, não houve flagrantes de festas e aglomerações naquela região. Além disso, na sexta-feira passada (16), a equipe de fiscalização ambiental do Semasa foi até uma casa noturna no local e constatou que passava por reforma e que, no momento, não havia nenhum frequentador”, conta a administração.
A Polícia Militar esclarece que entre março e abril as forças de segurança paulista atuaram em mais de 22 mil ações de combate a aglomerações em todo o Estado. No período, foram realizados 24 apoios às equipes de Vigilância Sanitária na região da 2ª Cia do 10º BPM/M, unidade policial-militar responsável pelo policiamento no bairro Campestre.