
O dia 31 de maio é conhecido como Dia Mundial Sem Tabaco, criado para lembrar que o tabagismo representa grande fator de risco para doenças cardiovasculares. Assim, o ecografista e cirurgião da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Sthefano Atique, destaca quais são as principais doenças causadas pelo uso do tabaco e suas complicações.
“Além das doenças circulatórias, como infarto do miocárdio e o derrame, o tabagismo pode causar a neoplasia do pulmão e, nos pacientes que estão com covid, ele piora o quadro clínico da pessoa, intensificando as alterações no pulmão”, explica o médico ao alertar, ainda que o tabagismo em excesso pode ser um causador da trombose.
Atique relata que com a pandemia que levou ao isolamento social, houve um aumento excessivo no número de tabagistas em todo País, o que levou a mais implicações na saúde. “As pessoas ficaram mais tempo em casa, e com isso houve um crescimento de determinados vícios, a exemplo do tabaco”, relata.
O cirurgião ressalta o risco que fumantes passivos tem ao conviver com tabagistas. “Eles também apresentam riscos. Uma vez que estão em contato com a nicotina, há alterações circulatórias, o que pode levar às mesmas complicações, a exemplo da trombose, que pode ocorrer devido a influência da nicotina”, destaca.
O especialista explica que o cigarro, pelo efeito da nicotina, aumenta a viscosidade sanguínea, o que favorece a formação de microtrombos na circulação. “O cigarro ainda agrava o quadro circulatório, com sério risco de complicações, como oclusão arterial aguda, descompensação da doença arterial periférica crônica, inflamação arterial e formação de necrose e úlceras isquêmicas”, expõe o médico.
Ao ser questionado sobre as melhores alternativas para largar o tabagismo, Atique aconselha a conscientização como fator preponderante na hora de abandonar o vício. “A partir do momento que a pessoa entender os riscos que fumar tem, em decorrência das várias doenças, muitas vezes abandona o vício.”, diz. Manter acompanhamento médico e psicológico para suprir qualquer necessidade decorrente da dependência e por último, o uso de medicações também podem ajudar no processo.