Reeleito presidente do SindSaúde ABC com 96,11%, Almir Rogério Mizito toma posse nessa sexta-feira (26/11) para o mandato que irá até 2025. Em entrevista ao RDtv, o sindicalista relatou sobre os próximos desafios da categoria como a busca pela aprovação e sanção do novo piso da enfermagem e a busca de representatividade na Assembleia Legislativa, pelo qual Mizito é pré-candidato pelo PT.

A semana foi de celebração com a aprovação por parte do Senado do projeto que eleva o piso dos trabalhadores da enfermagem para R$ 4.750, algo que ainda precisa passar pelo crivo da Câmara Federal e a sanção do presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido). Para o sindicalista, o cenário é de otimismo, mas que ainda é necessário seguir na cobrança que não haja a reversão que possa impedir tal medida.
“É um consenso que a enfermagem, essa categoria,, precisa ter uma resposta do Congresso Nacional e do governo federal em relação a tudo que foi feito na pandemia (do Covid-19). É claro que antes da pandemia sabíamos da nossa importância, mas com a pandemia isso ficou mais evidenciado”, explicou.
Vários representantes dos sindicatos da área da Saúde participaram das movimentações que resultaram na aprovação no Senado e no pedido de aceleração do debate entre os deputados federais, principalmente levando em conta o unânime apoio que ocorreu nas primeiras votações, fato que gerou uma esperança que tal fato realmente sairá do papel.
ABC
Enquanto isso, no ABC, seguem as negociações referentes aos problemas locais com categoria, principalmente para conseguir o pagamento dos passivos trabalhistas dos ex-colaboradores da Fundação do ABC (FUABC) que foram demitidos nos últimos anos. Segundo Mizito, houve alguns avanços de pagamento em relação ao Cosam (Complexo de Saúde de Mauá), mas que ainda existem outros pontos para tratar, principalmente que envolvem as cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano.
“Do ponto de vista trabalhista, considero que os prefeitos deveriam conversar conosco, sem o olhar partidário, e resolver essa questão dos passivos trabalhistas. Eu acho que é vergonhoso para o gestor público, no momento em que a sociedade reconhece a importância dos profissionais da Saúde, e eu não estou apenas falando da enfermagem, pois quando se fala da Fundação do ABC falamos da categoria como um todo, que eles tenham um olhar para resolver isso”, comentou o sindicalista.
Eleições 2022
Pré-candidato a deputado estadual pelo PT, Almir Rogério Mizito considera que uma possível eleição no próximo ano pode ser um fortalecimento da categoria, até mesmo na hora de se fazer uma negociação ou encaminhamento de algum processo.
“Os profissionais da Saúde vivenciaram durante a pandemia a necessidade de ter um representante oriundo da categoria nos poderes, seja na vereança, na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, ou mesmo no Poder Executivo, pois quem disse que quem salva vidas não pode ser um bom gestor?”, finalizou.