Fila de espera para exame de audiometria em Ribeirão Pires chega a 9 meses

Relacionadas

Ciesp Santo André une grandes empresas em comitê

há 11 horas

Diadema convoca 11 candidatos aprovados em Concursos Públicos

há 12 horas

Diadema convoca audiência pública para elaboração do projeto da LDO 2026

há 12 horas

ABC já supera 2,7 mil acolhimentos a moradores de rua antes do inverno

há 12 horas

Programa de S.Bernardo que estimula emissão de nota fiscal distribui R$ 200 mil

há 12 horas

Biotech Day aponta caminho para fortalecimento da indústria cosmética do ABC

há 13 horas

Quase 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo terão problemas de audição até 2050, segundo Relatório Mundial sobre Audição da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que 700 milhões dessas pessoas precisarão de cuidados auditivos caso não seja diagnosticado precocemente a patologia. A equipe do RD apurou que há pacientes em Ribeirão Pires na fila de espera para realizar o exame de audiometria há mais de quatro meses.

Questionada, a Prefeitura de Ribeirão Pires informou que possui 270 pacientes na fila de espera para realização do exame e que o tempo estimado de espera é de 9 meses, a depender do número de vagas ofertadas pelos hospitais de referência. A cidade não possui o atendimento especializado de audiometria nas Unidades de Saúde, mas dispõe de atendimento otorrino na UBS da Santa Luzia.

De acordo com a otorrinolaringologista e professora na Faculdade de Medicina do ABC Priscila Bogar, a espera para realização do procedimento não traz problemas graves para o paciente mas que os exames deveriam ser feito com maior rapidez. Casos em que a perda de audição é progressiva, como no envelhecimento, não há prevenção. Pessoas com câncer no ouvido, com complicação infecciosa ou que tiveram perda súbita da audição, é necessário entrar com medicamentos e que o especialista entre com pedido de urgência, porque além da fila de espera para o exame, há também a fila de espera para o aparelho auditivo.

O exame é feito por uma fonoaudióloga e a Unidade de Atendimento necessita de uma cabine de audiometria que impede sons externos, equipamento audiométrico, profissional graduado na área e outros equipamentos específicos. Como prevenção, os jovens podem evitar o uso de fone por tempo prolongado, para crianças o acompanhamento deve ser feito desde seu nascimento com o exame da orelhinha, obrigação do Sistema Único de Saúde (SUS). É necessário que os pais acompanhem se a criança apresenta otite desde cedo para evitar complicações na fase adulta.

A especialista aponta que o exame deve ser feito a cada dez anos. “O exame deve ser feito com regularidade, principalmente pessoas que trabalham em ambiente com ruído, sendo recomendado uma vez por ano. Crianças devem fazer o exame de audiometria logo que entrar no primeiro ano escolar, porque as vezes tem perda auditiva e não sabe. Tudo deve ser feito com orientação médica porque cada caso é um caso”, orienta Priscila.