
Faltando três dias para o fim da campanha de vacinação, a imunização dos grupos prioritários contra a gripe não chega à 50% em nenhuma cidade do ABC. Os índices são piores entre portadores de deficiência, grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz recentemente). Entre os idosos, grupo mais acostumado a tomar essa vacina, estão os melhores números da vacina.
Os números preocupam principalmente a pouco mais de cinco meses do surto de H3N2, do subtipo Darwin, que causou os surtos localizados no final do ano passado. Atualmente, os públicos elegíveis para a vacinação são: idosos com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, crianças entre seis meses e menores de cinco anos de idade, gestantes, puérperas, profissionais da educação, pessoas com deficiência ou comorbidades, indígenas, quilombolas, profissionais das forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema prisional, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, população privada de liberdade e adolescentes e jovens sob medida socioeducativa
Em Santo André a prefeitura informa que tem intensificado a campanha contra a influenza, mas nos números só passam da metade do público alvo entre os profissionais de saúde e novamente as grávidas, puérperas estão com os menores percentuais de vacinados. Segundo relatório da prefeitura dos 27.292 profissionais da saúde, 57% deles já receberam a vacina; dos 132.329 idosos, 57% estão imunizados; de 37.929 crianças, 29% estão vacinadas; são 6.450 gestantes, sendo que só 14% já receberam a vacina; das 1.060 puérperas, 10% estão com vacina). A prefeitura ainda informou sobre as 35.910 pessoas com comorbidades, que só 14% procuraram o posto para se vacinar; dos 8.615 professores, 14% estão vacinados e dos 1.425 presos, 54% foram vacinados.
Em Diadema os piores números da vacinação está entre os professores. Segundo a prefeitura apenas 2,3% dos profissionais do magistério tomaram a vacina da gripe. “A adesão está abaixo do esperado”, diz a prefeitura em nota. “Segundo dados até 24 de maio, 50% dos idosos foram imunizados. Os demais grupos prioritários a adesão também é baixa: 42% em trabalhadores de saúde; 26% das crianças, 10% das gestantes e puérperas; e 2,3% dos professores.O município de Diadema tem adotado diversas estratégias para ampliar a cobertura vacinal, como evitar barreiras de acessos como agendamentos para realizar a imunização, aproveitar as oportunidades de vacinação como consultas e outros procedimentos na unidade para verificar a situação vacinal do usuário, busca ativa de usuários e realização de Dia D aos sábados para facilitar o acesso das pessoas que trabalham”, informa o paço diademense.
Em São Caetano, até o dia 26 a cidade vacinou 45,1% das 77.961 pessoas que estavam aptas a se vacinar contra a gripe. A faixa dos idosos com mais de 60 anos é a que mais se vacinou, dos 39.211 indivíduos deste grupo, 24.402 estão imunizados, ou seja, 62,23%. Os deficientes estão no grupo menos vacinado; são 3.559 no município e só 26 doses aplicadas, o que significa 0,73% do total. Além deles a vacinação nos demais grupos ficou assim distribuída: profissionais de saúde são 11.535 (6.230 doses aplicadas, ou seja, 54%); professores são 2.846 (723 doses aplicadas, ou 25%); crianças de 6 meses a menores de 4 anos, são 6.625 (2.036 doses, 30,73%; gestantes são 1.144 (188 doses aplicadas, 16,43%); puérperas, 188 (50 doses aplicadas, 26,59%) e pessoas com comorbidades são 12.852 (1.485 doses aplicadas, 11,55%).
As demais cidades do ABC informaram apenas o número total dos públicos-alvo vacinados. Em Ribeirão Pires são 43.231 pessoas e 16.043 vacinados (37,1%). A Prefeitura de São Bernardo informou que o público alvo da campanha contra a influenza é de 295 mil pessoas no município e até o momento 133.481 doses da vacina foram aplicadas nesta população, o que equivale a 45,2% de vacinados.
As prefeituras de Mauá e Rio Grande da Serra não informaram.