
O Setembro Vermelho tem como objetivo a conscientização, prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de pessoas possuem alguma doença cardíaca, e são aproximadamente 400 mil mortes registradas ao ano.
Em entrevista ao RD, Jeffer Morais, cardiologista do Hospital Christóvão da Gama, em Diadema, explica que as doenças cardíacas mais frequentes e preocupantes são: infarto agudo do miocárdio, AVC (Acidente Vascular Cerebral), insuficiência cardíaca e a doença vascular periférica.
Em geral, pacientes hipertensos, diabéticos, sedentários, tabagistas, com colesterol alto e que não fazem exercícios estão mais propensos a desenvolverem as doenças. E, entre os sintomas a se observar estão: dores na nuca, cansaço extremo, pernas inchadas, além de dores torácicas. “Os primeiros sintomas de problemas no coração muitas vezes são ignorados pelas pessoas, mas deve receber total atenção”, alerta.
A melhor prevenção para o desenvolvimento dessas doenças, de acordo com o cardiologista, é manter o check up anual. Além disso, caso o paciente tenha hipertensão, colesterol alto ou diabetes, a indicação é seguir o tratamento corretamente para evitar o surgimento de problemas cardíacos.
Outro fator de risco que o médico chama atenção é em relação a alimentação e consumo excessivo de cafeína. “Essas bebidas podem ser sensíveis a alguns pacientes e causar arritmias, por isso é importante evitar. Quem come mal, principalmente frituras e alimentos gordurosos também está propenso a desenvolver estes problemas”, ressalta.
Já Miguel Moretti, professor de cardiologia da FMABC (Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC), chama atenção para o diagnóstico precoce, uma vez que as doenças cardíacas podem ser silenciosas. “Muitas dessas doenças só vão apresentar sintomas depois de muitos anos. Por isso, a prevenção é fundamental”, aponta.
O médico ainda diz que, muitas vezes, a preocupação não é somente com uma doença específica, mas com as consequências que o paciente pode ter. “Quando um indivíduo infarta, por exemplo, ele perderá uma quantidade de músculo cardíaco, o que leva a um mal funcionamento do coração”, exemplifica.
O doutor lembra também que muitas pessoas só procuram atendimento de um cardiologista quando algum conhecido é diagnosticado ou falece em decorrência de um problema no coração. A recomendação do especialista é não se atentar somente nestes casos, e sim acompanhar sua saúde constantemente.