
A tentativa de leilão do São Caetano Futebol, nome da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do Azulão, outro ponto entrou em discussão: o futuro do estádio Anacleto Campanella. Em entrevista ao RDtv nesta sexta-feira (06/01) o secretário municipal de Esportes, Lazer e Juventude, Mauro Chekin, falou uma reforma poderá ocorrer ainda neste ano, mas que a cidade está “aberta” para propostas de PPP (Parceria Público-Privada) para a administração e modernização do espaço.
Segundo Mauro, a ideia é que uma possível parceria seja benéfica tanto para a cidade quanto para os investidores, assim evitando possíveis problemas caso apenas uma das partes tenha que custear o espaço esportivo.
“Para o Poder Público, sozinho, vai ser muito custoso, não apenas a administração, mas como uma reforma. Então se pensa realmente uma PPP para que possamos ter uma administração conjunta e uma reforma conjunta, onde a iniciativa privada vai ganhar e a Prefeitura também vai ganhar. Não é que a Prefeitura queira aferir lucros com isto, mas ela vai ganhar uma modernização de uma arena, de um espaço para o futebol mais rico e melhor para que possamos ter bons eventos em São Caetano do Sul”, explicou.
Enquanto aguarda a possibilidade de projetos ou propostas de parcerias, a cidade estuda uma possível reforma do estádio para este ano, inclusive com a possibilidade de colocar um gramado sintético no local, algo que ocorreu com o estádio Bruno José Daniel, em Santo André. Porém, o comando do Palácio da Cerâmica aguarda qual será o futuro do São Caetano Futebol.

A SAF está a venda. O valor pedido é de R$ 90 milhões com mais um incremento de R$ 500 mil. O próprio estádio Anacleto Campanella chegou a ser colocado no edital do leilão, porém, após a Prefeitura provar que o equipamento era público e não tinha relação direta com os investidores do time, houve uma alteração na documentação e assim o próprio ficou fora da venda.
A primeira tentativa de leilão ocorreu em 15 de dezembro do ano passado, mas sem qualquer interessado. Uma nova tentativa ocorrerá em 9 de janeiro, tanto no modelo virtual quanto presencial e com os mesmos valores.
A definição do futuro do time ajudará a Administração Pública a entender qual deve ser o real investimento no Anacleto Campanella. Tal situação também faz com que a Prefeitura descarte a possibilidade de entregar o local diretamente para o time, o que ocorreu por exemplo com a Arena Inamar, em Diadema. O local pertencia ao Poder Público e foi concedido ao Água Santa.
“Temos que ter muito cuidado com esse tipo de ação, pois não podemos fazer de forma desordenada. Pegar um time de futebol e entregar aquilo para o time, porque, caí entre nós, os nossos times de futebol não estão conseguindo se manter, está muito complicado. Temos que tomar todo o cuidado com esse tipo de situação”, relata o secretário.