
Burocracia e falta de informação, é o que está vivendo a família de Lúcia Correa Demarque, de 90 anos, que há dez dias está internada no Hospital Brasil, em Santo André, com insuficiência cardíaca. Ela precisa de uma cirurgia urgente para a colocação de um marcapasso que irá regularizar o funcionamento do coração, porém o convênio SulAmérica ainda não autorizou o procedimento. A família teme que, imóvel, como Lúcia está, e o longo período internada possam trazer novos problemas a saúde da idosa.
Segundo a filha da paciente, Cristina Demarque, o convênio não pagava pelo marcapasso porque o tipo de plano da dona Lúcia seria antigo, mas mesmo após a família autorizar a mudança da faixa de plano, a cirurgia ainda não foi autorizada. “Eles (convênio) demoraram muito para dizer que não fariam a cirurgia. No hospital sugeriram que a gente fizesse um upgrade de plano e assim nós fizemos, o problema é que eles são muito burocráticos, demoraram muito para resolver isso, aí nós assinamos e eles ainda pediram mais cinco dias para analisar o pedido, a minha mãe não pode esperar”, diz a filha.
A dona Lúcia está acamada, ligada a um marcapasso externo e por isso mal pode se mexer. “A minha mãe está muito inquieta, qualquer pessoa ficaria todo esse tempo deitada sem poder se mexer nem para ir ao banheiro, imagine uma mulher de 90 anos. A gente se preocupa porque todo esse tempo deitada pode trazer outros problemas, como infecções hospitalares e escaras, tudo isso por causa da burocracia do convênio. Minha mãe está correndo um risco desnecessário”, completa Cristina Demarque.
Procurada a SulAmérica Saúde ficou de verificar a situação, mas não emitiu nenhum posicionamento até o fechamento desta matéria, que será atualizada assim que a empresa se manifestar.