
Por Enrique Staschower
As cidades no ABC nasceram e se desenvolveram à sombra da linha férrea, transformando Estações de povoados, em Estações de Subúrbio e findaram em Subúrbios Industriais. Hoje defrontam-se com a desindustrialização e mudanças climáticas que impõem reformulações de estratégias para atender dignamente moradia, infraestrutura urbana (água potável, energia, esgotamento sanitário e pluvial) e equipamentos urbanos essenciais (saúde, educação, transporte, lazer e cultura).
Cidades espraiam-se no território, nivelam morros, canalizam córregos, pavimentam solos, mas não conseguem prover urbanidade igualitariamente – temos espaços segregados para gêneros, raças, renda ou orientações sexuais, que não dispõem de infraestruturas ou equipamentos.
Arquitetos devem trabalhar com Edificações ambientalmente responsáveis e transformadoras – abrigando moradores e a cidade que a circunda. Urbanistas trabalham por uma cidade inclusiva, não somente para aqueles que nela circulam, mas respeitando o ambiente que ela cria – compreender homens, ar, solo e águas como indissociáveis.
Novas tecnologias de projeto e produção de edificações respeitam, com economia, ambiente e trabalho. AI pode gerir uma enormidade de dados e indicadores sobre trabalho, saúde, transporte, energia e economia que levarão à participação cidadã e ativa, transformando nossas cidades.
O curso de Arquitetura e Urbanismo da Fundação Santo André assume seu compromisso na formação de profissionais aptos a responder por estes desafios no ABC.

Prof. Me. Enrique Grunspan Staschower
Coordenador do curso de arquitetura e urbanismo da Fundação Santo André