
Não fosse a mobilização de uma família, a dona Margarida Mariano de Souza Suzano, de 91 anos, internada no Hospital Santa Marcelina, antigo Neomater, em São Bernardo, teria alta médica nesta quinta-feira (01/02). A idosa está internada há 15 dias para tratar uma pneumonia, doença muito grave para a idade da paciente, ainda tosse com frequência e segue com uma sonda na bexiga. Segundo a família, o tratamento com antibióticos ainda não acabou e não foi feita uma análise dos resultados desse tratamento para que ela fosse liberada do tratamento hospitalar.
A filha da paciente, Margarete Suzano Dicicco, procurou até a Justiça para garantir que a mãe receba o tratamento hospitalar até sua completa recuperação. “O protocolo de antibiótico para idosa, não pode ser assim. Não pode dar alta para a paciente sem uma avaliação se o medicamento deu resultado, tem que ver como ela reage. Além disso minha mãe ainda tem tosse com aspiração e uma sonda na bexiga e eles iam mandar ela para casa nesse estado. Eu me recusei a tirar ela de lá assim. Hoje (sexta-feira, 02/02) fui até o fórum fazer um pedido de tutela antecipada, para que um juiz garanta que ela só irá receber alta quando estiver bem para isso”.
Margarete também conta que as diretorias da Prevent Senior e do Hospital Santa Marcelina, acabaram acordando que manteriam o tratamento. “Eles recuaram, pelo menos por enquanto, por isso eu fui ao Fórum para ter garantias”, explicou. Ela disse que desde o início do tratamento, teve problemas com o plano de saúde. “Primeiro levamos ela no Hospital das Acácias, em Santo André, mais perto de casa, lá disseram que seria melhor transferir para um hospital com mais recursos. Tivemos que pagar uma ambulância UTI para transferir para São Bernardo. O plano diz que é excelência em tratamento de idosos, mas reduziu a cobertura no ABC, a rede Christóvão da Gama, por exemplo, não atende mais pacientes da Prevent Senior, com isso as opções diminuíram no ABC”, reclama a filha da paciente.
A Prevent Senior foi procurada para esclarecer os motivos da alta, remoção e da redução dos hospitais conveniados na região, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.