
A ONG Aliança, que atua no resgate e na adoção responsável de cães em Santo André e Santo Amaro, precisa de ajuda para continuar sua missão. Sem apoio governamental, a organização depende de doações, rifas e parcerias para manter os cerca de 200 cães sob seus cuidados. Além de recursos financeiros, a ONG busca voluntários para auxiliar no abrigo e em feiras de adoção. “Toda ajuda faz a diferença, seja com doações, trabalho voluntário ou até compartilhando nossas campanhas”, destaca Flávia Macruz, diretora da ONG.
Criada oficialmente em 2009, a ONG Aliança nasceu do amor de um pai pelos animais, especialmente pelos cães. No início, o trabalho de resgate e acolhimento era feito de forma individual e restrito a amigos e familiares. “Meu pai fazia tudo sozinho, resgatava, cuidava, doava para amigos e parentes”, conta Flávia Macruz, diretora da ONG. No entanto, com o aumento do número de animais acolhidos, surgiu a necessidade de estruturar o projeto.
A profissionalização veio em 2014, quando a organização percebeu a importância de ampliar a visibilidade do trabalho. “Chegamos a ter quase 300 cães sob nossos cuidados, e vimos que precisávamos aumentar as chances deles conseguirem um lar”, explica Flávia. O fortalecimento das redes sociais permitiu expandir as adoções, tanto na cidade quanto para outros estados.
A ONG adota um rigoroso processo de adoção para garantir que os animais sejam encaminhados para lares preparados para recebê-los. “O adotante preenche um termo de cerca de 10 páginas, onde buscamos levantar questões que a pessoa pode não ter pensado, como: ‘Se precisar se mudar e o novo lar não aceitar cães, o que fará? E se os vizinhos reclamarem?'”, detalha a diretora. O objetivo é reduzir ao máximo a taxa de devolução, que impacta negativamente os animais.
Após a análise do perfil do interessado, a ONG agenda uma visita ao abrigo para que haja uma interação entre o adotante e o animal. “Observamos a conexão, o comportamento da pessoa e a reação do cão antes de concluir a adoção”, explica Flávia. Em feiras de adoção, o processo ocorre de forma similar, com o preenchimento imediato do termo e uma avaliação no local.
A ONG também prioriza a adoção por pessoas com mais de 21 anos, devido ao histórico de devoluções mais frequentes entre adotantes mais jovens. “Notamos que quem tem mais estabilidade financeira tende a manter o compromisso com o animal”, pontua.
A ONG Aliança não recebe nenhum tipo de ajuda governamental. Todo o sustento vem de doações, rifas, vaquinhas online e parcerias. “Temos uma conta bancária para doações, recebemos produtos pet usados para revender em nossas feiras e buscamos parcerias com empresas”, afirma Flávia. Um dos parceiros é a Cobasi, que oferece espaço para feiras de adoção e funciona como ponto de coleta de doações.
A organização enfrenta dificuldades financeiras, principalmente para manter a unidade de Santo André, que é alugada. “Além de todos os desafios, temos o custo fixo do espaço”, destaca a diretora.
Voluntariado
Os interessados podem contribuir de diversas formas: como voluntários, participar financeiramente ou de rifas. “Compartilhar nossos posts também é uma grande ajuda”, ressalta Flávia. Pequenos e grandes empresários também são convidados a apoiar a ONG por meio de ações que incentivem a adoção ou doem recursos.
A maior parte dos resgates realizados pela ONG envolve cães encontrados em situação de abandono, em terrenos baldios ou vagando pelas ruas. “Casos de maus-tratos onde precisamos retirar animais de lares são raros”, explica Flávia. Um dos poucos episódios atípicos foi em Guarulhos, onde uma idosa hospitalizada deixou dezenas de cães sem cuidado, o que exigiu a intervenção da ONG.
Atualmente, a ONG Aliança conta com cerca de 200 cães sob seus cuidados, todos vacinados, castrados e microchipados. Os adotantes recebem orientação sobre adaptação e suporte pós-adoção para garantir o bem-estar do animal e da família adotante.
Com um trabalho baseado em dedicação e amor, a ONG Aliança segue em sua missão de oferecer uma nova chance a cães em situação de vulnerabilidade. “Nosso desafio é expandir o público e levar nosso trabalho a mais pessoas, aumentando as adoções”, finaliza Flávia.
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