
As intensas chuvas que atingiram ao ABC ao longo da semana — com registros de granizo em São Bernardo e Santo André, e alagamentos em Diadema nesta quinta-feira (10/04) — causaram diversos transtornos. Entre as consequências, destaca-se a queda de 225 árvores, em pouco mais de uma semana.
São Caetano
São Caetano registra a queda de oito árvores, nos bairros Nova Gerty, Santa Maria e Olímpico, sete deles sem nenhum registro de vítima ou ocorrência de gravidade, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a cidade na última quinta-feira (10).
Uma das árvores atingiu um automóvel estacionado e vazio na avenida Kennedy. A Prefeitura informa que o serviço de remoção dos galhos foi concluído, com todas as vias liberadas para o tráfego.
Questionada, a Prefeitura informou que no dia 3 de janeiro, criou o Comitê de Resiliência e Eventos Climáticos Extremos, que reúne diversas secretarias do governo para a tomada de decisões em casos de emergências climáticas. O Comitê conta com o suporte do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), que os bairros de São Caetano, em especial pontos com histórico de alagamento.
“O município investe R$ 173,4 milhões em obras para reduzir as enchentes na cidade. Entre as principais intervenções estão dois piscinões: um na rua Ceará, no bairro Fundação, com capacidade para 18,8 mil metros cúbicos de água, e o Piscinão Jaboticabal, construído pelo Governo do Estado, que terá capacidade para 900 mil metros cúbicos e beneficiará oito bairros do município”, conclui.
Rio Grande da Serra
Rio Grande da Serra registrou a queda de quatro árvores na última semana — uma sobre a fiação elétrica e três em vias públicas. Nenhuma das ocorrências resultou em vítimas ou danos graves. Os casos foram registrados nos bairros Parque América, Pouso Alegre, Parque do Governador e na Estrada do Rio Pequeno. As quedas causaram rompimento de fiação energizada e obstrução parcial de algumas vias.
A Prefeitura informa que, ao longo do ano, a Defesa Civil e a Secretaria de Clima e Meio Ambiente (SeClima) realizam vistorias em imóveis e vias com árvores de grande e médio porte. Quando identificado risco iminente de queda, são elaborados planos emergenciais com os moradores. Além disso, são realizadas ações educativas como palestras, blitz de conscientização e panfletagem em vias públicas e feiras livres.
São Bernardo
Em São Bernardo, até esta sexta-feira (11), foram registradas 47 ocorrências, que englobam quedas de árvores e galhos em vias públicas. O Centro e o bairro Rudge Ramos foram mais afetados. Segundo a Prefeitura, em nenhuma dessas ocorrências, houve danos a imóveis, veículos ou feridos.
O município conta uma equipe de fiscalização que realiza o monitoramento e vistorias periódicas, que avaliam o estado fitossanitário das árvores. Quando constatada que há risco à população, é feita a remoção das árvores para garantir a segurança de todos.
Além disso, há plano de poda preventiva por bairro, que visa solucionar ou minimizar conflitos entre a arborização e a infraestrutura urbana, como redes de fiação aérea, sinalização de trânsito, iluminação pública e passeio público.
Santo André
Entre os dias 31 de março e 10 de abril, Santo André registrou 155 chamados relacionados à queda de árvores, sendo 22 somente nesta quinta-feira (10).
Os bairros com maior número de ocorrências foram Parque Novo Oratório (13 chamados), Jardim Itapoan, Centro, Jardim Ana Maria, Jardim Santo Alberto e Parque das Nações, cada um com seis registros.
Houve ao menos dois casos de danos a veículos: uma árvore caiu sobre um carro no bairro Jardim e um galho atingiu um automóvel no Campestre.
De acordo com a Prefeitura, o Departamento de Manutenção de Áreas Verdes realiza vistorias e análises preventivas das árvores da cidade, com podas sendo efetuadas quando necessário.

Diadema
Diadema registrou 11 quedas de árvores somente nesta quinta-feira (10), sem vítimas ou danos a imóveis e veículos. As ocorrências se concentraram em três bairros, que não foram informados pela Prefeitura, e foram rapidamente atendidas pelas equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos.
Segundo administração municipal, desde o início do ano são realizados levantamentos técnicos de risco arbóreo, com identificação e classificação de árvores com indícios de comprometimento estrutural, como podridão ou envelhecimento. “Após diagnóstico, 167 árvores com risco iminente já foram suprimidas, especialmente em áreas de grande circulação”, revela.
Até o fechamento desta matéria, as Prefeituras de Ribeirão Pires e Mauá não se manifestaram sobre possíveis ocorrências relacionadas à queda de árvores em decorrência das chuvas dos últimos dias.