
A identificação correta do paciente é um dos pilares da segurança assistencial, evitando erros na administração de medicamentos e em diversos tipos de procedimentos, por exemplo. Para reforçar esse protocolo, o Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, unidade localizada em Santo André e gerenciada pela Fundação do ABC (FUABC) em parceria com a Prefeitura, promoveu nesta semana o treinamento da Meta 1 da Segurança do Paciente, organizado pela Educação Permanente do Hospital.
Stela Bella, coordenadora técnica da Qualidade e Educação Permanente do Hospital da Mulher, destacou a relevância da iniciativa. “Todo trabalho realizado no Hospital é pensado sempre para o fortalecimento da cultura de segurança. Estamos trabalhando o tema da Meta 1, que é a de identificação correta do paciente. Ela é importante tanto para os profissionais, que realizam os procedimentos adequadamente no paciente certo, quanto para o próprio paciente, evitando homônimos ou identificações incorretas. Isso previne desde medicamentos administrados em pessoas erradas até dietas entregues de forma equivocada”, conta a profissional.
Durante o treinamento, realizado dias 22 e 23 de abril, a enfermeira da Educação Permanente do Hospital da Mulher, Dalva Mattos, instrutora da capacitação, explicou os critérios essenciais para a identificação segura. “A instituição define como será feita essa identificação, geralmente por pulseiras e prontuários. Em casos de impossibilidade, anotamos no prontuário o motivo da não utilização da pulseira. Além disso, em situações como nomes iguais, separamos os pacientes em quartos diferentes ou marcamos o prontuário com alertas visuais”, explica.
Dalva também abordou situações específicas, como a identificação de recém-nascidos (com pulseiras em dois membros opostos – braço esquerdo e perna direita, por exemplo), pacientes desconhecidos (registrados com características físicas detalhadas) e o respeito ao nome social. “De acordo com a legislação, o nome social deve constar em todos os documentos e na pulseira, e o paciente deve ser chamado exclusivamente por esse nome durante o atendimento”, afirma.
Parte prática
Na etapa prática, os participantes puderam aplicar o conhecimento em simulações. Daniela Sousa, enfermeira de Educação Continuada da FUABC, detalhou a dinâmica. “Montamos uma bancada com seis situações corretas e seis incorretas de identificação. Os participantes recebem um gabarito com perguntas e, a partir das respostas, fixam fotos que mostram desde pulseiras mal preenchidas até tubos de sangue sem identificação. Também simulamos o preenchimento de formulários cirúrgicos, destacando os campos obrigatórios para evitar cancelamentos de procedimentos”, diz Daniela.
O treinamento reforçou que a identificação correta deve ser verificada em todos os momentos, desde a admissão até a administração de medicamentos, com a confirmação do nome completo e data de nascimento. A iniciativa visa não apenas cumprir protocolos internacionais, mas também garantir que cada etapa do cuidado seja realizada com máxima segurança.
Paciente Seguro
Este é o Mês da Segurança do Paciente, sendo 1º de abril o Dia Nacional da Segurança do Paciente. A campanha deste ano tem como tema “Mais Acesso e Cuidado Integrado” e o slogan é “Qualidade em Toda a Jornada!”. Ao longo de todo o mês, o Hospital da Mulher de Santo André se dedicou a aplicar treinamentos sobre as seis metas internacionais de segurança do paciente, tendo como foco central, nos dias 22 e 23, a meta 1 de identificação correta dos pacientes.