
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, informou que não foi possível chegar a um acordo com a General Motors na reunião realizada na manhã desta sexta-feira (1º), na sede da montadora. Para evitar a demissão de 1.200 funcionários cujo layoff termina no próximo dia 7, a empresa exige a retirada da cláusula 42 da Convenção Coletiva de Trabalho, referente à estabilidade no emprego em caso de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais, além de querer reduzir o percentual do adicional noturno de 30% para 20%.
As partes já haviam se reunido na quinta-feira sem sucesso. Uma nova reunião foi agendada para esta segunda-feira (4), às 10h30. Caso não seja fechado um acordo, Cidão afirma que poderá haver paralisação para pressionar a fabricante de veículos. “Praticamente não houve diálogo. Eles mantiveram a exigência e nós não aceitamos”, disse o sindicalista.
O não entendimento pode prejudicar pontos do acordo salarial que já estavam praticamente definidos como pagar o valor integral do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) correspondente à inflação do período de acordo com a data-base da categoria em forma de abono – metade no dia 20 de abril e a outra metade no dia 12 de agosto.
No próximo ano, 70% da inflação serão reajustados nos salários e os 30% restantes serão pagos em forma de abono no dia 20 de abril de 2017. A empresa se propõe ainda a efetuar o pagamento da primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no dia 10 de junho, além de compensar o banco de horas trabalhando dois sábados por mês assim que o mercado apresentar aquecimento na venda de veículos fabricados pela montadora.
“Mas estes tópicos serão perdidos se eles insistirem nas exigências deles”, afirmou Cidão”.