
Vinho quente, pipoca doce, churrasco, yakissoba, pé de moleque, bolo de milho e quentão. Por trás das delícias oferecidas pelas quermesses está o trabalho voluntário dos fiéis religiosos, que participam ativamente do preparo dos comes e bebes e da coordenação da festa, que já começou em muitas paróquias da região. Entre os voluntários que participam todos os anos estão Florinaldo Santos, Carina Dalceno e Claudete Ungaro, que se dedicam para a arrecadar renda para os trabalhos das igrejas e instituições carentes.
Claudete Ungaro Bruza, 68, é coordenadora e cozinheira na quermesse da Igreja Matriz de Sagrada Família, em São Caetano, onde é uma das cozinheiras. Aposentada, Claudete participa voluntariamente da quermesse desde quando a festa começou, há mais de 12 anos, e é conhecida pela turma por ser a funcionária mais antiga da festa. “Em nossas reuniões têm até gente que brinca falando que servi a Santa Ceia”, conta.
Fanática pela culinária, Claudete coordena uma barraca de macarronada, novidade este ano na quermesse, que começa neste sábado (11). Para que tudo dê certo, os preparativos iniciam na quarta-feira, quando Claudete prepara o molho de tomate puro. O trabalho é feito quase todo sozinha, pois os demais voluntários trabalham fora. “É muito gratificante”, afirma. Outra novidade este ano na quermesse será a barraca de caldos nos sabores de ervilha, mandioca e feijão. “O tempo está frio e é muito difícil alguém sair no domingo à noite para comer massa”, comenta.
São Bernardo
Carina Dalceno da Silva, 37, é voluntária há 10 anos da Paróquia Santíssima Virgem, em São Bernardo, onde trabalha com o marido Reinaldo Messias da Silva na coordenação e execução da quermesse, que tem 430 voluntários. Carina conta que desde que nasceu participa da festa. “Minha mãe dizia que eu ia com ela para a quermesse e ficava no berço enquanto ela trabalhava. Praticamente nasci frequentando a quermesse”, diz Carina, que tem dois filhos e trabalha fora com o marido no comércio de madeiras.
Pela grandiosidade, a preparação começa em fevereiro, quando os voluntários buscam material necessário para a quermesse, que arrecada verba para instituições sociais, como a Casa Santa Clara, ONGs e creches. Carina não se importa em trabalhar das 7h até meia-noite. “O que nos motiva é ver que tudo está valendo a pena”, diz Carina, que já inseriu os filhos no trabalho voluntário da quermesse.
Família
Na Igreja Matriz de Santo André, Florinaldo Santos da Silva, mais conhecido como Naldo, trabalha há dois anos com a esposa Angela Maria Silveira. Também atuam na coordenação e já levaram os três filhos, com esposa e genro, para trabalhar na festa e ajudar instituições carentes mantidas pela igreja. “É bom saber que de uma forma ou outra estamos ajudando o próximo. É isso que nos estimula a vir trabalhar todos os dias na quermesse”, conta. (Colaboraram Amanda Lemos e Caíque Alencar)