
Moradores da Vila Progresso, em Santo André, estão insatisfeitos com o rumo das obras realizadas pela Prefeitura de Santo André nas ruas Catarina Maria, Guamá, e Queiróz Filho. Além de não serem avisados das mudanças planejadas, os serviços de fechamento e afunilamento não têm agradado a maioria da população do bairro.
Hélio Osni Christovam, morador da avenida Queiróz Filho, conta que antigamente a rua Catarina Maria era de duas mãos. Contudo, após passar por reformas de afunilamento, apenas um acesso está disponível, o que já resultou acidentes entre pedestres e veículos, que trafegam nos dois sentidos da via. “Há carros que entram da Queiróz Filho para a Catarina Maria, e os que saem para acesso ao centro da cidade. Com a obra, os veículos são obrigados a parar no meio da avenida, para o outro atravessar. É uma verdadeira desorganização. E a Prefeitura diz que fez isso para evitar que os caminhões e ônibus adentrem a rua”, conta.
É o caso de Raquel, nora da moradora Dona Lurdes Lima de Araújo. Segundo a aposentada, Raquel estava saindo de sua casa quando foi surpreendida por um carro entrando na rua, ela bateu o automóvel. “É carro que entra, carro que sai, não tem espaço para dois veículos passarem graças ao fechamento da via, que causa acidentes”, conta.
Na rua Guamá, o problema não é diferente. A via de duas mãos foi interditada e, atualmente, têm apenas um acesso, sem sinalização e/ou avisos, o que já resultou em penalidades aos motoristas. A moradora Cátia Moura conta que até o caminhão de lixo foi prejudicado com a obra. “Os lixeiros são obrigados a dar ré na rua inteira só para poder fazer o serviço completo. Assim como os ônibus, que têm que dar uma volta inteira no bairro para buscar os moradores”, conta. “Além da segurança que é levada em conta, já que moro próximo a um local considerado como rota de fuga. Muitas vezes pago guarda noturno para não ser assaltada”, diz.
Roberval Pereira da Silva, outro morador da rua Guamá, conta que os munícipes, com ajuda do vereador de Santo André Almir Cicote (PSB), solicitaram a abertura da via, com um abaixo assinado que reuniu 144 assinaturas. Apesar das assinaturas, o pedido não foi atendido.
Entretanto, o posicionamento da Prefeitura foi favorável para a moradora Keitty Donoso, que é contra a reabertura do local. Segundo ela, motoqueiros e motoristas (inclusive do próprio bairro) já não respeitavam as placas da área. “Os próprios moradores não respeitam a via e passam por cima do concreto feito pela Prefeitura. Temos muitos idosos em nosso bairro e, pensando na segurança e facilidade deles, é necessário que o local esteja fechado. Assim, reduz o movimento de caminhões e ônibus”, diz.
Procurada pela equipe do RD, a Prefeitura de Santo André esclarece que o Departamento de Engenharia de Tráfego (DET) elaborou um projeto atendendo inúmeras reclamações de moradores das ruas Antonio Lopes, Catarina Maria entre outras. A proposta é barrar fisicamente o acesso dos veículos mencionados, com instalação de ilhas e estreitamentos, além de fiscalização eletrônica. Tal projeto está sendo implementado com barreiras de concreto para evitar que os carros e motos infrinjam a sinalização.
Em relação ao acúmulo de água, o Departamento de Conservação de Vias (Dconvias) informa que realizará uma vistoria para levantar os casos pontuais e executar os reparos necessários.

