
ABC apresenta recuperação no nível de financiamentos imobiliários. As construtoras se mostram mais otimistas para lançar novos empreendimentos, segundo a Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradores do ABC). Confirmando a retomada do crescimento do setor, o gerente regional de construção civil da Caixa Econômica Federal, Rafael Toneli Arcanjo, diz que o banco lançou medidas que facilitam o financiamento, justamente pela economia ter tido melhora.
Para Arcanjo, é esperado que o ABC feche 2016 superando o valor dos empréstimos do ano passado, que alcançou R$ 1,5 bilhão. Até o momento, foi contabilizado R$ 1,3 bilhão. “A média dos dez primeiros meses do ano é de R$ 130 milhões, mas esperamos que em novembro e dezembro essa média alcance R$ 170 milhões”, diz.
Ainda segundo o gerente, as ações só foram possíveis graças, principalmente, a baixa inadimplência (0,71%) nos contratos da instituição financeira com clientes do ABC. “Temos baixa inadimplência, o que tem tudo a ver com crédito. Vamos buscar manter esse nível”, explica.
Com os contratos sendo honrados, foi possível abaixar os juros do financiamento. No dia 8 de novembro, a Caixa anunciou a redução da taxa de juros para pessoa física e pessoa jurídica.
A Caixa Econômica Federal anunciou a redução da taxa de juros para pessoa física e pessoa jurídica, além da diminuição da cota mínima de financiamento dentro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A redução linear de 0,25 ponto percentual vale para todos os clientes, independente do tempo de relacionamento com a instituição.
Para quem adquirir imóveis na planta ou novos e que optarem por receber seu salário pela Caixa, as taxas de juros se igualarão às oferecidas aos servidores públicos. De 11,22% ao ano, a taxa passa a ser 9,75%, para propriedades que fazem parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Já para imóveis dentro do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), os juros vai de 12,5% a.a para 10,75%.
A Caixa também comunicou que disponibilizou a partir do final de outubro, desembolsos que devem chegar a R$ 249 milhões (valor alocado), restando ainda R$ 165 milhões. O valor total pode passar dos R$ 300 milhões, caso os financiamentos da faixa 1,5 do programa Minha Casa Minha Vida tiverem mais contratações ainda em 2016.
A Caixa é considerada um dos bancos com taxas de financiamentos de imóveis mais procurados. Mas as demais instituições bancárias também tentam abaixar os valores. O Santander, por exemplo, atualmente financia imóveis com valores a partir de R$ 90 mil, sendo que o valor de financiamento é a partir de R$ 60 mil; as taxas estão a 10,7% ao ano (pelo SFH) e 11,7% pela carteira hipotecária (CH).
O Banco do Brasil aplica juros a partir de 11,29% a.a, nas linhas SBPE, em imóveis de até R$ 750 mil e de 12,29% a.a, acima desse valor. Já na linha FGTS os juros são a partir de 9%. O crédito imobiliário total do BB atingiu R$ 51,6 bilhões ao final de junho/16, expansão de 17,1% em 12 meses.