
Pela terceira vez em um mês a falta de quórum fez com que um depoimento fosse adiado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades no Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo (Imasf) de São Bernardo. Dos 13 membros da Comissão apenas quatro compareceram ao plenarinho na Câmara nesta segunda-feira (21), assim impedindo que o diretor-presidente do Instituto Acqua, Ronaldo Querodia, pudesse prestar esclarecimentos. Novos depoimentos serão colhidos na próxima quarta-feira (23).
Estavam presentes na Câmara o presidente da CPI, José Cloves (PT), o relator, Julinho Fuzari (PPS), além de Antônio Cabrera (PSB) e Pery Cartola (PSDB). Faltaram os vereadores: Mauro Miaguti (DEM); João Batista (PRB); Índio (PR); Gilberto França (PMDB); José Walter Tavares (PHS); Roberto Palhinha (PTdoB); Marcelo Lima (SD); Reginaldo Burguês (PSD); e Ramon Ramos (PDT). O quórum mínimo para uma sessão é de sete vereadores.
O depoimento de Ronaldo Querodia foi adiado para a próxima quarta-feira (23), logo após a sessão ordinária da Casa. Na sequência serão ouvidos os representantes da Galloro & Associados, responsáveis por uma auditoria realizada neste ano e que apontou um rombo de R$ 62 milhões na autarquia. O relatório desta auditoria já foi anexado ao processo da CPI.
Parte do grupo de usuários do Imasf resolveram percorrer os corredores da Câmara para cobrar a presença dos demais vereadores na CPI. Está foi a terceira vez que a CPI teve algum problema com a falta de quórum. As duas primeiras foram com as tentativas de ouvir a atual superintendente da Autarquia, Glória Konno, que acabou sendo ouvida na semana passada.
Preocupação
O curto prazo para a finalização do relatório final da CPI e os atrasos para os depoimentos vem preocupando o relator da CPI, Julinho Fuzari que tem que entregar o relatório final até o dia 14 de dezembro, data da última sessão da Câmara e última chance para que o processo passe por uma votação. Questionado sobre os prejuízos para o relatório, o popular-socialista afirmou que tem uma visão do que está ocorrendo, mas que seriam necessários mais detalhes.
“Nós temos algumas questões chaves, algumas pessoas chaves que já nos deram uma visão do que está ocorrendo, do que ocorreu no Imasf. É claro que quanto mais você ouvir e mais você puder ir a fundo nesta história é melhor para o relatório final. Desde o início da CPI nós defendemos que deveria ter uma auditoria técnica. Quanto custou esse serviço que foi pago? Essa nota é uma nota condizente com os valores que foram pagos? O tempo é curto realmente, nós estamos fazendo o máximo possível. Agora, infelizmente não têm quórum e aí não depende da minha vontade. Na maioria das vezes são sempre os mesmos que estão deixando de marcar presença e era só vir para dar quórum e se não quisesse ficar, não teria problema, pois poderíamos seguir os trabalhos sem fazer deliberações, só ouvir as testemunhas”, afirmou.