Oito dias após levar um tapa na cara no meio da sessão de Ribeirão Pires, o presidente da Casa, Rubão Fernandes (PSD), concedeu sua primeira entrevista a um veículo de comunicação para tratar deste assunto. Ao RDtv, o vereador garantiu que não enviou “capangas” para agredir o ex-candidato a vereador, Leandro Majerele, e afirmou que aumentará a segurança do Legislativo.
Sobre a agressão que sofreu durante a sessão que rejeitou a proposta de redução de salários dos vereadores, Rubão considera que a ação ocorreu pela falta de segurança no local. “Ele (Leandro) veio de uma distância considerável e ninguém impediu ele de me agredir. Imagina se ele estivesse armado, poderia acontecer algo grave comigo e com outros colegas vereadores. Eu entendo toda a polêmica em torno do projeto, mas não precisava chegar neste ponto”, explicou.
Em relação a acusação de enviar “capangas” para agredir Majerele, Rubão negou qualquer tentativa de agressão após a sessão, nem mesmo de familiares como chegou a ser noticiado pelas redes sociais. O vereador afirmou que apenas fez um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e que nesta semana emplacou na Câmara uma moção de repúdio em relação ao caso.
Ao ser questionado sobre o fato de quase revidar o tapa durante a sessão, algo que não aconteceu, pois o presidente da Câmara de Ribeirão Pires foi impedido por outros vereadores. Rubão pediu desculpas publicamente e revelou certo alívio, pois caso o Legislativo tivesse um Código de Ética, fatalmente o legislador seria enquadrado por quebra de decoro parlamentar.
Para evitar novas agressões, Rubão pretende aumentar a segurança na Casa, inclusive aumentando a separação entre os munícipes e os vereadores. Além disso, pretende instalar catracas, detectores de metal e também exigir a identificação daqueles que visitam a Câmara.
Próximas pautas

A próxima pauta “polêmica” na Câmara de Ribeirão Pires será a votação das contas do ex-prefeito Clóvis Volpi (sem partido). O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) reprovou as contas que agora passaram pelo crivo do Legislativo. Segundo Rubão, Volpi será chamado para se defender e após está ação será realizada a votação.
Caso a Câmara também rejeite as contas, Clóvis Volpi será enquadrado na lei ‘Ficha Limpa’, assim perdendo os direitos políticos por oito anos, algo que impediria o ex-prefeito de tentar uma cadeira na Assembleia paulista, conforme informações de bastidores.