
A AkzoNobel investe R$ 30 milhões na ampliação da capacidade de produção e logística da unidade de Santo André, que agora passa a operar também com os segmentos de Protective e Coating Marine – tintas para o segmento marítimo –, antes feitos na planta do Rio de Janeiro. Com as ampliações, o polo industrial no ABC passa a ser o principal da empresa holandesa no Brasil.
A vinda da nova linha de produção para a região gerou 40 empregos diretos e outros 240 indiretos, ao longo dos últimos dois anos, por conta da contratação de profissionais que prepararam a unidade para receber os novos setores de manufaturação.
Além de novas tecnologias agregadas na linha de produção, todos os equipamentos foram feitos com exclusividade para a unidade andreense. Com isso, haverá aumento da produção de 50% para operação de grandes volumes e 60% para pequenos lotes. “Teremos uma capacidade de produção de 20 milhões de litros por ano”, diz Davidson Cesareo, gerente de operações da AkzoNobel para a América do Sul.
As novas instalações – linha de produção e laboratório – totalizam agora 68 mil metros quadrados de utilização do espaço. “Estamos operando com metade dessa capacidade, mas temos condições de ampliar, pois temos áreas que não estão operando”, afirma Cesareo.
Do total de investimento, R$ 8 milhões foram destinados ao novo centro de distribuição, que devem iniciar operação nos próximos 40 dias. Com isso, a unidade passa a ser responsável pela distribuição de produtos para as demais plantas do Brasil. “A proximidade com o porto de Santos é uma grande vantagem, pois facilita a exportação para a América do Sul”, afirma.
Cesareo destaca que com o investimento, a planta de Santo André passa a ser a principal do País para o segmento não decorativo, além da capacidade de distribuição. “Em São Bernardo, há a performance de tintas automotivas, mas aqui abrange a maior complexidade e a distribuição de todos os negócios que forem necessários”, salienta.
A unidade de Santo André opera desde 1954 e já abrigou todos os negócios da empresa – setores de decoração, embalagens, madeira, entre outros. “A ideia é termos multi negócios nas plantas”, explica o diretor. Em 2016, o polo industrial recebeu R$ 30 milhões de investimentos no setor de tintas para madeira.
A intenção de trazer a operação do Rio de Janeiro para Santo André, deve-se aos custos que iriam gerar para a empresa, uma vez que a unidade carioca é de 1926. “Ficaria mais barato trazer para cá do que modernizarmos lá. No Rio ainda funcionará o centro de logística para distribuição para aquele Estado e Espirito Santo”, explica Pablo Ribeiro, gerente de negócios.
Quanto ao faturamento que a empresa pode ter na cidade, o gerente explica que há uma política de não divulgar a informação por planta. “Porém, na América Latina esse número chega a R$ 1,3 bilhão, o que é um valor muito grande em relação a demais investimentos da empresa”, diz.