Moradores do Parque Miami reclamam de esgoto a céu aberto

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O esgoto que corre a céu aberto, há pelo menos um ano, na rua Rio Oiapoque, altura 587, no Parque Miami, em Santo André, está prejudicando os moradores do bairro. De acordo com os reclamantes, por conta de uma uma construção irregular no local, a rede de esgoto estoura constantemente e acaba atraindo roedores, insetos e baratas para as residências.

Para o morador e designer José Valentim Rocha, 39, as idas da equipe do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) ao local tem sido inúteis, já que o problema nunca é resolvido por parte da Autarquia. “Contatamos o Semasa inúmeras vezes, mas não adianta. O esgoto atrai mosquitos, roedores e até doenças”, reclama ao destacar que sempre que chove forte, o mau cheiro piora e a rua chega a alagar.

Rocha diz que o problema iniciou quando uma moradora da chácara de frente ao esgoto construiu um imóvel em cima de uma galeria, fato que teria impedido a vazão de água. “Isso começou já faz três anos, mas de um ano pra cá piorou, é vazamento noite e dia”.

Para Paula Giovana Baldi, 19, que também mora na rua, os estouros na tubulação acontecem frequentemente e as construções ilegais ajudam a impedir o percurso da água. “Estoura os bueiros e até mesmo os esgotos nas casas dos moradores, aí as pessoas tomam banho de esgoto. Rato tem de sobra”, conta. A moradora ressalta que o Semasa já esteve no local, mas apenas fotografou a situação e não resolveu o problema.

Procurado pela equipe do Repórter Diário, o Semasa informou que na rua Rio Oiapoque, altura 587, existe uma construção irregular sobre a rede de esgoto. Desta forma, para a Autarquia executar a manutenção adequada do vazamento que existe no local, há necessidade de demolição de parte de um galpão. Para amenizar o problema de esgoto a céu aberto até que a solução definitiva possa ser executada, e em atendimento aos chamados dos moradores, o Semasa ressalta que vem realizando várias manutenções paliativas no local.

Ao mesmo tempo, desde o ano passado, a Autarquia tenta, por intermédio de uma ação na Justiça, a demolição da edificação irregular. Uma liminar foi solicitada, mas a mesma não foi deferida pelo juiz de primeira instância. Com isso, o Semasa informa que ingressou com um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça em 24/11/17, sendo que até o momento não houve julgamento do mérito da questão.