Depois de meses de especulações, o ex-prefeito de Mauá Donisete Braga (foto) encerrou a sua trajetória pelo PT oficialmente nesta quinta-feira (5), ao comunicar a decisão para o presidente estadual do partido e ex-chefe do Executivo em São Bernardo Luiz Marinho. O ex-petista acertou, um dia antes, a transferência ao Pros e sacramentou a candidatura a deputado federal para eleição de outubro.
Após conversa com o presidente estadual do PT, Donisete confirmou ao RD o desligamento do partido e projetou a sua inédita disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados. “O Marinho respeitou a decisão e saio pela porta da frente no PT, após 30 anos de história. Agora é batalhar e me dedicar (para o sucesso da candidatura)”, avaliou o ex-prefeito mauaense entre 2013 e 2016.
Entre as razões que fizeram Donisete deixar o petismo, está a concorrência dentro do partido em Mauá, que já oficializou as pré-candidaturas do também ex-prefeito Oswaldo Dias para Assembleia Legislativa e do vereador Marcelo Oliveira para Câmara dos Deputados. Enquanto avaliava novos horizontes, o ex-petista também teve conversas com Podemos, PRB, PTB e PSD.
Donisete chegou a receber da deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, o convite para assumir a presidência do diretório estadual nesta quinta-feira, porém, o ex-prefeito manteve o acordo firmado antes com o novo partido.
Curiosamente, o Pros está na base aliada, por meio do vereador Severino do MSTU, do desafeto e atual prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), eleito após disputa com o próprio Donisete em 2016. A legenda também compõe o arco de alianças para reeleição do futuro governador Márcio França (PSB), que toma posse ao comando do Palácio dos Bandeirantes nesta sexta-feira (6). Isso significa os dois podem dividir o mesmo palanque no período eleitoral.
Fundado em 2013, o Pros não teve sucesso na eleição do ano seguinte, na tentativa de eleger um representante para a Câmara dos Deputados. Atualmente, o partido tem uma bancada de nove parlamentares em Brasília.