
O Dia Mundial da Saúde é celebrado neste sábado (7). A data não deve ser marcada apenas com comemorações, mas também como um dia para relembrar a importância de se conscientizar e prevenir a saúde para uma melhor qualidade de vida. Isso porque de 1980 até 2015, o número de doenças registradas por maus hábitos alimentares cresceu em 25%, de acordo com o Ministério da Saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em países desenvolvidos, a obesidade é o principal problema de saúde que ainda necessita ser enfrentado, uma vez que pode acarretar hipertensão, diabetes, problemas respiratórios, estomacais e nas articulações, além de estar mais propenso ao desenvolvimento de câncer.
Na visão do cardiologista do Hospital e Maternidade Brasil, Cleber Lago Mazzaro, 50% da população está acima do peso adequado, o que propicia o aparecimento de uma série de doenças como apneia do sono e hipertensão. “Sem dúvida que se a população adotar uma qualidade de vida saudável pode diminuir a incidência de doenças e aumentar relativamente os anos de vida”, diz.
A dica do profissional é caminhar ao menos 50 minutos três vezes durante a semana e trocar enlatados por alimentação saudável para se prevenir de doenças e evitar a dependência do serviço público, que de acordo com a diretora de Defesa e Profissional da Associação Paulista de Medicina, Alice Lang Simões, o atendimento está cada vez mais precário.
“Há anos que não temos o que comemorar no Dia Mundial da Saúde. Faltam profissionais em diversos segmentos públicos, em especial médicos especializados”, relata a pediatra, ao lembrar que muitas vezes a população espera mais de um ano para efetuar exames em determinadas especialidades, como ultrassonografia. Além disso, aponta que existem profissionais mal remunerados e tratados sem respeito, o que ocasiona o fechamento de unidades de saúde e dificulta o acesso da população ao sistema público.
Mazzaro reforça que embora haja problemas com o sistema de saúde pública, o País tem aumentado a expectativa de vida e boa parte disso se deve à medicina, com campanhas e mutirões de prevenção de doenças e sensibilização das pessoas mediante a orientações. O médico alerta que ,principalmente na televisão e internet, há informações que podem confundir a população e trazer malefícios para a saúde. “O ideal é que a população busque auxílio médico ou supervisão para as atividades que for adotar à sua rotina, para que mais pra frente isso não lhe cause problemas”, diz.
Alimentação saudável é imprescindível
Para a nutricionista do Hospital Assunção, em São Bernardo, Aline Romio Eiras, os programas do governo federal junto ao sistema de saúde em relação a políticas de alimentação saudável têm auxiliado o brasileiro a se alimentar de forma correta, mas ainda há os que se alimentam erroneamente, fato que tem provocado excesso de gordura corporal e obesidade, principal difusor de doenças.
A rotina corrida e o sedentarismo dos brasileiros são os principais fatores para o desencadeamento da doença. “Os que trabalham ou estudam acabam saindo de casa cedo e optam por refeições rápidas, como fast foods, embutidos e enlatados, este é o principal erro”, aponta Romio.
Para a nutricionista, a saída para melhorar a qualidade de vida é adotar a opção por marmitas congeladas recheadas de verduras, legumes e uma balanceada entre carboidrato e proteína. “Alimentação saudável a cada três horas, combinada com consumo de frutas, água e exercício físico pode aumentar e muito a qualidade de vida da população”, garante.