
Cansados de reclamar sobre a demora no preenchimento de abertura de ficha, diagnósticos improcedentes e espera no atendimento médico, os pacientes do Hospital Santa Helena se uniram nas redes sociais e criaram uma petição para solicitar melhorias ao convênio médico. Com unidades em seis das sete cidades da região (com exceção de Rio Grande da Serra), o Santa Helena tem sido alvo de reclamações há pelo menos um ano. O mecanismo também disponibiliza abaixo-assinado, que já reúne mais de 185 adesões, desde quando foi criado, há três dias.
Na descrição da petição, os pacientes pedem melhoria no pronto atendimento infantil e contestam o tempo excessivo de espera por atendimento, que chega atingir oito horas em alguns casos. Na lista das reclamações apontam ainda a falta de médicos e superlotação de pacientes. “Fato vergonhoso para um plano de saúde que até um ano atrás era ótimo. Exigimos melhorias, porque não é de graça. Todo mês recebemos boleto para pagamento sem atraso”, aponta trecho descrito no abaixo-assinado.
Nathalia Alves de Sousa, de 25 anos, também assinou a petição e contesta a demora no atendimento médico, superlotação do espaço e pede agilidade no atendimento. A usuária conta que esteve na unidade da Ítalo Setti, em São Bernardo, em abril, para passar o filho Arthur em consulta médica, mas teve que esperar por quatro horas para receber atendimento. O problema do filho persistiu e a mãe teve que voltar no outro dia e esperar por mais tempo para conseguir atendimento com outro profissional.
Já a pedagoga Jéssica Aparecida Duque Cavalcante, 22, reclama da demora no atendimento do pronto-socorro infantil, triagem para preenchimento de fichas e médicos despreparados. “Muitas vezes nem pedem exames. Já tive que implorar para que a médica pedisse uma inalação para minha filha, não tem qualquer consideração com o paciente”, reclama. Jéssica luta ainda pela quebra de carência para momentos de emergência e conta que está com uma dívida de R$ 9 mil com o hospital por conta de uma internação de sua filha. “Embora pagamos convênio médico, é perceptível a má vontade, frieza e descaso de alguns funcionários com os pacientes”.

A são-bernardense Priscila Rodrigues da Silva, 25, também assinou a petição. Ela conta que chegou a esperar mais de duas horas para que sua filha Nicolly, que estava com saturação baixa e falta de ar, fosse atendida no PS da Ítalo Setti. A mãe lembra que a filha estava com fortes tosses quando passou por atendimento, mas se queixa de ter recebido receituário errado (Foto). “Ela disse que estava receitando um xarope, mas quando cheguei com a receita na farmácia, o atendente me informou que a médica havia prescrito o uso de uma pomada”, conta indignada.
Procurada pelo RD, a Maternidade Santa Helena informa que fará contato com Priscila Rodrigues da Silva para esclarecimentos e que mantém apuração interna para verificação das não conformidades relatadas. A instituição reitera ainda seu compromisso com o aprimoramento contínuo de seus serviços.
Link da petição: https://goo.gl/1tQGfL