
Investigadores da Polícia Federal (PF) estiveram nesta sexta-feira (27), na sede da SAMA (Saneamento Básico de Mauá). Segundo a direção da autarquia, a intenção era continuar as investigações da Operação Prato Feito, que apura supostos desvios de verbas federais para a merenda escolar. Está mesma investigação no qual são suspeitos o prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), e o ex-secretário de Governo e Transportes João Gaspar (PCdoB).
Segundo o termo de entrevista assinada pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, uma equipe de policiais federais chegou por volta das 11h, na sede da autarquia mauaense para entrevistar “as pessoas que se encontravam no local e nos arredores, indagando-as sobre os fatos em apuração” da Operação Prato Feito.
A direção da autarquia, por meio de nota, afirmou que funcionários foram entrevistados e “prontamente prestaram todas as informações devidas e se colocaram à disposição para qualquer esclarecimento”. Não houve resposta dos questionamentos do RD sobre a apreensão de qualquer tipo de material ou documento da SAMA.
A reportagem também procurou a Polícia Federal, por meio de sua assessoria de imprensa, para saber mais detalhes os fatos ocorridos em Mauá nesta sexta, porém até o fechamento desta edição não houve resposta aos questionamentos. Também procuramos assessoria do prefeito afastado Atila Jacomussi, porém também não houve retorno.
Operação Prato Feito
Deflagrada no início de maio, a investigação apura a suspeita de desvios de verbas federais na soma de R$ 1,6 bilhão, para merenda escolar. 85 pessoas são investigadas. Durante a deflagração, o prefeito Atila Jacomussi e o então secretário João Gaspar foram levados para a sede da superintendência da PF, na zona oeste da Capital, para apurações.
Depois acabaram detidos, pois foram descobertos cerca de R$ 600 mil em dinheiro vivo nas casas de Jacomussi e Gaspar. Ambos ficaram presos por cerca de 50 dias. Após a soltura, ambos foram impedidos de retornar aos seus cargos e até de circular pela sede do Poder Executivo. Atila ainda aguarda decisão sobre o recurso sobre sua volta ou não ao poder.
Boato
A primeira informação que circulou no meio político de Mauá é que a investigação da PF seria sobre suspeitas de irregularidades no edital nº 31/2018 para a contratação de uma empresa de locação de veículos. A intenção é alugar 31 carros para autarquia e a abertura dos envelopes aconteceu na última quinta-feira (26). Porém nada foi informado oficialmente sobre essa situação.