
O vegetarianismo, regime alimentar que exclui todos os tipos de carne, tem crescido. Somente em 2017, foram constatados mais de 240 restaurantes do gênero em todo o Brasil. No embalo do avanço desse segmento começam a aparecer os cursos livres para treinar quem pretende buscar uma vaga ou empreender no ramo.
Exemplo do movimento ocorre em Diadema, onde a Prefeitura, em poucas semanas, já caminha para segunda turma do curso de Cozinha Vegetariana. Com 20 vagas, as inscrições abrem dia 10 de setembro (telefone 4057-8063). A primeira edição, em julho, fez parte do projeto Cozinha Bom Gosto e contou com quatro aulas teóricas, que abordaram os quatro tipos de vegetarianismo, preparação de alimentos sem uso de carnes e formas de substituição. Houve, ainda, três aulas práticas e apresentação final.
O curso não aborda somente vegetarianismo e preparo de pratos, mas boa alimentação. “Muitos não sabem, mas comida vegetariana pode ser prejudicial”, diz Fernanda Barbirato, nutricionista que ministrou o curso. Muitos adeptos retiram nutrientes importantes da alimentação por falta de informação e consulta de um especialista, diz.
Durante as aulas práticas, Fernanda ensinou aos estudantes como fazer uma boa salada de grãos de soja, lanche vegetariano com hambúrguer de soja e a famosa macarronada de abobrinha com proteína da soja e molho. Este a nutricionista conta que é um dos pratos mais fáceis e baratos de se preparar em casa. Além de nutritivo, agrada toda a família.
No modo de preparo, a abobrinha deve ser processada como massa de macarrão tradicional. Precisa ser levemente aferventada e o molho de tomate do prato é feito totalmente de forma natural, com a fruta. Ao finalizar o prato, o toque especial fica por conta da proteína texturizada da soja. “Fica como um molho à bolonhesa, só que sem a carne, feito com soja, uma delícia”, garante.
Outra opção para quem não tem tempo é a salada de grãos, à base de soja. Para o modo de preparo é necessário lavar os grãos da soja e dar choque térmico com fervura e após isso imersão em água fria. Depois os grãos devem passar por cozimento durante 20 minutos em pressão e, em seguida, temperar a gosto e consumir. “Ervas, temperos variados, manjericão, salsinha, cebolinha ou orégano são opções econômicas e com boa durabilidade”, ensina.
O próximo passo é a criação do curso de Cozinha Vegana. “Pretendemos expandir o projeto e disponibilizar para a população diversos cursos”, diz Atevaldo Leitão, secretário de Segurança Alimentar.