
Se depender da disposição do consumidor em gastar, as vendas no comércio para este Natal serão bem melhores que as dos últimos anos. A Pesquisa de Intenção de Compras (PIC), feita em novembro pela Universidade Metodista de São Paulo, na região apontou que o preço médio por presente deve atingir R$ 164, ou crescimento nominal de 6,5% comparado aos R$ 154 da PIC do ano passado. Considerada a inflação acumulada de aproximadamente 4,05% nos últimos 12 meses até outubro, a variação real é de cerca de 2,5%.
Os gastos planejados para o Natal, que incluem vários presentes, sobem para R$ 413. Na PIC do ano passado a cifra correspondia a R$ 378. Em média, três pessoas serão presenteadas, de acordo com a pesquisa. O professor pesquisador da Metodista, Moisés Pais dos Santos, acredita que este Natal deverá ser melhor que o dos últimos anos. A estimativa é de uma movimentação comercial de aproximadamente R$ 291 milhões com compras de presentes neste ano no ABC, um crescimento real de 5% em relação a 2017. “Esse valor é significativo, pois dá sequência à série que sinaliza uma recuperação da forte retração econômica vivenciada no biênio 2015-2016”, afirma.
A pesquisa detectou que pelo menos 41% dos entrevistados acreditam que houve melhora da situação econômica. Os presentes mais procurados devem ser vestuários (31,4%), seguidos por objetos de decoração (9,9%), perfumes/cosméticos (8,7%), computador (7%), brinquedos (5,8%), aparelho de telefone celular e eletrodoméstico (5,2%).
Os estabelecimentos preferidos para compras são os shoppings (45%), seguido pelo comércio formal do centro da cidade (23%), internet (18%) e comércio de bairro (4%). Os entrevistados apontaram também que deverão presentear em primeiro lugar os filhos, seguidos de esposos e namorados. Dentre os municípios preferidos para realização das compras estão São Bernardo, Santo André e Diadema.
Os principais fatores na escolha dos presentes citados estão o desejo da pessoa a ser presenteada (39,3%), seguido do desconto/promoção (27,7%) e preço (16,8%). “Portanto, está aí uma oportunidade para desenvolver estratégias de vendas, investir em promoções”, comenta o pesquisador.
Com relação às formas de pagamento, as preferências apontadas foram os cartões de débito (43%), de crédito (40%) e pagamento em dinheiro (16%). Nas famílias mais pobres, a metade tem interesse no pagamento mediante uso do dinheiro. Assim como nas pesquisas anteriores, os homens têm demonstrado maior propensão ao gasto do que as mulheres.