
Pelo menos duas cidades da região do ABC já anunciaram o aumento nas tarifas de ônibus para 2019; São Bernardo e Santo André, que vão aplicar o mesmo índice alterando o valor da tarifa de R$ 4,40 para R$ 4,75. Na primeira o aumento passa a valer a partir da virada do ano, já em Santo André a nova tarifa passa a vigorar no primeiro domingo do ano (06/01). As tarifas definidas na região são maiores do que a anunciada para a Capital, onde a passagem passou de R$ 4 para R$ 4,30. A justificativa é que o transporte paulistano é subsidiado em parte pelo governo municipal, o que não ocorre na região.
Em Santo André a tarifa passa de R$ 4,40 para R$ 4,75. O valor do Vale-Transporte, pago pelos empregadores aos funcionários passa para R$ 5,95. Em nota a prefeitura de Santo André, explicou porque o valor na cidade é mais alto do que na Capital. “Ao contrário do que acontece em São Paulo, em Santo André não há pagamento de subsídio para as empresas que operam as linhas municipais. Por isso existe a diferença em relação à tarifa da capital paulista”, diz a nota.
A prefeitura andreense também justificou o aumento nos custos operacionais das empresas de ônibus. “Os contratos de concessão utilizam tabelas próprias do contrato, com composição de itens utilizados no transporte, como diesel, lubrificantes, pneus, reajuste salarial da categoria, entre outros. Em Santo André seguimos os parâmetros de reajuste aplicado em outras cidades da região metropolitana”, diz comunicado da assessoria de imprensa da prefeitura.
Em São Bernardo o valor é o mesmo de Santo André. Na cidade o último reajuste ocorreu em fevereiro de 2018, quando passou de R$ 4,20 para R$ 4,40. No decreto assinado pelo prefeito Orlando Morando (PSDB), publicado nos atos oficiais deste sábado (29/12), o tucano também relata os custos do sistema para justificar o aumento. “Em razão da efetiva constatação de aumento nas despesas que compõem os principais insumos relativos aos custos operacionais desse serviço público essencial, entre os quais: óleo diesel, que sofreu aumento na ordem de 7,34% com impacto de 1,20% nos custos operacionais; salários, encargos e afins relativos ao pessoal, com aumento na ordem de 3,50% e impacto de 1,58% nos custos operacionais; investimentos em frota e aplicação de soluções tecnológicas relativas à dinâmica e controle operacional, cujas depreciações e remunerações representam em torno de 10% dos custos fixos; considerando que a queda da demanda pagante permanece e hoje gira em torno de 1,6%, resultando na significativa redução dos usuários que participam do pagamento do serviço municipal de transporte coletivo; considerando, ainda, a necessidade de adimplemento das obrigações contratuais assumidas pelo Poder Público … tarifa pública a ser aplicada aos usuários passa a ser, a partir de 1º de janeiro de 2019, R$ 4,75”, justificou o prefeito.
A prefeitura de São Caetano, não publicou nenhum decreto sobre reajuste de tarifa. Questionada, a assessoria de imprensa da administração não encaminhou resposta. A prefeitura de Diadema informou em nota que há conversas com as empresas que operam na cidade, mas ainda não há previsão do valor nem de quando será o reajuste. A prefeitura de Mauá informou em nota que há solicitação de reajuste por parte da empresa prestadora de serviço no município. “No entanto não há data definida para o reajuste e nem qual será o valor da tarifa”, diz o comunicado. Os municípios de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, não publicaram decretos e também não responderam à reportagem.