O ex-vereador de São Caetano e presidente municipal do Patriota, Gilberto Costa, falou sobre a fusão do seu partido com o PRP para satisfazer as regras da cláusula de barreira, falou também sobre as eleições de 2018 e 2020, e sua relação com o governo de José Auricchio Jr. (PSDB). Ele garantiu duas coisas, a primeira é que em janeiro vai definir a sua situação no Patriota – se fica para um projeto visando 2020 ou se muda de legenda – outra definição é que terá seu nome nas urnas na próxima eleição municipal, mas não sabe se para prefeito ou para vereador, isso dependerá da composição com o governo.
Vivendo a sua segunda fusão partidária, desde que seu antigo partido o PEN (Partido Ecológico Nacional) se fundiu para se tornar o Patriota, agora Gilberto Costa, diz que está aguardando as tratativas com o PRP. “Precisamos ver como vai ficar, para que organize as pessoas que eu trouxe para o Patriota, se eu ficar, vamos fazer uma campanha de filiações e trazer mais pessoas”, disse. Costa, que foi um dos articuladores em 2017 para a vinda de Jair Bolsonaro para o partido, o que acabou não se concretizando com a eleição do presidente da República pelo PSL, diz que continua muito ligado ao presidente eleito, mas não quis falar em mudar para o partido dele. “Não fiquei frustrado (pela escolha do PSL em detrimento do Patriota), mas fica a sensação de que eu já sabia, que se ele tivesse vindo para o Patriota o partido sairia da condição de pequeno para muito grande. Mas eu vou continuar apoiando esse novo governo que nos deixa cheios de esperança”, avalia. “Espero ter isso definido (sobre se fica ou sai do Patriota) em janeiro”.
Com o calibre de quem participou de sete eleições, Costa falou sobre o pleito de 2018, quando apoiou os candidatos do governo municipal Thiago Auricchio (PSDB) e Alex Manente (PPS), ambos eleitos, e fez relação ao bom trânsito que tem no Palácio da Cerâmica. Sobre especulações de seu ingresso no governo como secretário ele desmente, dizendo que não houve convite, mas que avaliaria a possibilidade. “Não houve esse convite. Se vier eu respondo quase que na hora. Em 2020 eu estarei nas urnas, não sei se como candidato a prefeito ou a vereador. Se eu estiver como secretário, obviamente que não vou sair prefeito, porque não sou traidor, aí saio para vereador. A decisão é do momento, com pesquisa na rua, aí saio para disputar e ganhar”.
A possibilidade de compor chapa e ser vice de Auricchio ou outro candidato também pode ser considerada, segundo Costa. “Não vejo porque mudar time que está ganhando, se estiver com o governo apoio Auricchio e Beto Vidoski, mas se vier a proposta, dele ou de outro partido vou pensar, vai depender de quem é e qual a proposta”.
Cassação
Gilberto Costa também comentou sobre as alegações finais do promotor Newton José de Oliveira Dantas que, em suas alegações finais no processo das doações dissimuladas à campanha de Auricchio em 2016, pediu a cassação do chefe do Executivo. Na opinião do ex-vereador há excessos do Ministério Público neste em vários outros casos. “Isso não é caso de corrupção no governo, é questão de prestação de contas e a Justiça tem sido clara nisso, se ganhou no voto, permanece no mandato, porque esse foi o desejo da população. O Ministério Público tem agido pelo clamor popular e tem havido excessos, o Direito diz que o cidadão só pode ser preso quando o processo for transitado em julgado, isso (prisões preventivas) da Polícia Federal, são excessos, como no caso do Auricchio houve excessos. Mas ele está bem orientado juridicamente”, conclui.