
O prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (sem partido) participou na segunda-feira (21/01) da primeira reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para tratar da situação da Dura Automotive, fabricante de autopeças e uma das industrias mais antigas da cidade, que anunciou o fechamento da fábrica, desempregando cerca de 300 trabalhadores. Nesta quarta-feira (23/01) o gabinete do prefeito vai receber uma nova rodada de tratativas.
Maranhão disse que vai analisar como a prefeitura pode ajudar. “A prefeitura está procurando um caminho sem ferir a lei de responsabilidade fiscal, pois queremos dar incentivos. Vamos ver quais são as empresas que prestam serviços para a Dura para que possam vir para a cidade diminuindo os custos de transporte. Estamos estudando uma nova lei de incentivo para que essas empresas venham para cá. É um esforço único do setor financeiro e jurídico para que a gente possa garantir que as 246 famílias que vivem da Dura não percam seu sustento. Queremos fazer tudo certinho, dentro da lei, com respaldo jurídico”, disse o chefe do Executivo ao RD.
Maranhão também disse que quer atrair a Volkswagen para a mesa de negociação, para ver como a Dura pode receber mais pedidos da montadora. “A Volks tem demonstrado interesse e vamos ver se é possível ampliar os serviços da Dura para, quem sabe, voltar a ter 1,4 mil empregados como já teve no passado”, disse. Da reunião na segunda-feira participaram o presidente da Câmara Claudinho Monteiro (PSB) e os vereadores Agnaldo de Almeida (PSDB) e Benedito Araújo (PT).
Segundo o diretor do sindicato que acompanha as negociações, Marcos Lourenço, a Volkswagen está interessada na permanência da Dura no país porque é a maior cliente da empresa instalada em Rio Grande. “Tem interesse porque a Dura produz bastante para ela e nunca houve problema de fornecimento”, explicou. O Sindicado dos Metalúrgicos tem até domingo (27/01) para apresentar uma proposta para a empresa e tentar demovê-la do aviso de fechamento.
O anúncio de encerramento das atividades da Dura Automotive foi feito pela empresa no último dia 15. No dia seguinte o sindicato realizou uma assembleia que definiu pela greve, que durou apenas um dia, pois com a paralisação o presidente global da empresa Tyrone Jordan, abriu a possibilidade de negociação. O presidente deu prazo de 11 dias para que a empresa, sindicato e clientes, apresentem uma proposta de reestruturação da Dura Brasil.