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Que Alceu Valença é um dos maiores nomes da música nordestina no Brasil e no mundo ninguém ousa duvidar. O músico saiu de São Bento do Una, interior de Pernambuco, para o mundo, e se mantém até hoje fiel ao estilo que o consagrou.
Sempre fez música de raiz nordestina, que muitas vezes dialogava com outros gêneros, mas o elemento nordestino sempre esteve lá. Autor de mais de 30 discos, Valença volta ao ABC neste sábado (16), em show no Sesc Santo André. No repertório estão músicas que marcaram época nas vozes de Valença e outros intérpretes, como Anunciação, Tropicana e Coração Bobo.
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Para o músico, estar no palco é como estar em casa e não há lugar no qual se sinta melhor. “O palco é uma extensão da minha casa, não há lugar onde eu me sinta melhor […] Palco é palco, pra mim é vitamina”, diz. Além dos grandes sucessos, quem for ao show no Sesc poderá curtir composições de outros grandes nomes na música nordestina, como Luiz Gonzaga, interpretadas na voz e no estilo de Valença.
Cinema
Além de músico, Alceu Valença transita por outras artes. Em 2015, lançou o livro O Poeta da Madrugada, com poesias que trazem a melodia típica das composições do autor. No ano anterior (2014), o cantor se aventurou no cinema, com a obra A Luneta do Tempo. Além da direção e do roteiro, que conta a trama de personagens fictícios a partir da história de Lampião e Maria Bonita, Valença assina músicas que compõem a trilha sonora da obra e conta que se sentiu realizado com o resultado. “A filmagem foi um dos momentos mais felizes da minha vida e o resultado ficou exatamente como eu queria”, afirma.
Mesmo após as dificuldades de 10 anos de trabalho, Valença conta que tem vontade de fazer cinema novamente e trabalha em roteiros que podem virar obras da sétima arte no futuro. “Gostaria de fazer mais filmes, inclusive iniciei um novo roteiro, passado em Olinda e em Portugal. Vamos ver”, conta.
Além dos planos pessoais, no início de março, Alceu Valença foi convidado a ser o primeiro artista a participar do projeto Videoclipers, idealizado pelo casal de filmmakers Diana Boccara e Leo Longo. A ideia do projeto é gravar clipes em plano sequência (técnica de filmagem sem cortes) com diversos artistas brasileiros. Para a produção, Alceu Valença gravou, no centro de Olinda, a música Nas Asas do Passarinho (2002), escrita em homenagem à cidade pernambucana. “Foi ótimo participar deste projeto. O clipe ficou muito bonito”, comenta.
A originalidade do cantor, que afirma não ceder aos modismos e caprichos do mercado musical, podem ser vistas no sábado, às 20h, no Sesc Santo André. Os ingressos custam a partir de R$ 12 (credencial plena) e podem ser obtidos nas bilheterias das unidades da rede Sesc.
Serviço
Alceu Valença – Sábado, 16 de março, às 20h. Sesc Santo André, rua Tamarutaca, 302, vila Guiomar.
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