Os servidores de Santo André passam a contar a partir desta sexta-feira (29) com novo hospital para atendimento do plano de saúde NotreDame Intermédica. Os servidores podem utilizar o NotreCare, novo hospital do grupo inaugurado este mês na avenida Pereira Barreto, em São Bernardo, como substituição ao Hospital Cristóvão da Gama. O novo plano de saúde, já anunciado, vai gerar uma economia de R$ 29 milhões anuais. Com isso, a superintendência do Instituto de Previdência decidiu reduzir as contribuições dos segurados, principalmente dos aposentados que serão os maiores beneficiados.
O superintendente do instituto, Pedro Seno, apresentou os números positivos ao prefeito Paulo Serra (PSDB) nesta quinta-feira (29), quando também foi anunciada a nova direção do órgão, que passa a ser comandado, a partir de abril, pelo ex-deputado estadual José Bitencourt.
Cerca de 25 mil pessoas serão diretamente impactadas com as medidas. Segundo Seno, a economia com o plano de saúde será de quase R$ 20 milhões por ano, o que permitiu redução das faixas de contribuição dos servidores. O custo de R$ 69 milhões anuais passa para R$ 50 milhões. Esse custo vinha da dependência do Hospital Cristóvão da Gama, que representava 40% do plano e é inviável”, disse o superintendente ao explicar que a medida será detalhada a todos os beneficiários. “O hospital NotreCare fica a 10 minutos de carro do Centro de Santo André, é um hospital que foi completamente reformado, conta com 97 leitos, além de uma estrutura melhor”, avalia. A contratação da NotreDame também representou investimentos do grupo na região. Até o final do ano, segundo Seno, o grupo vai inaugurar um centro clínico em Santo André.

Com a mudança do fluxo financeiro do Instituto de Previdência, dívidas de R$ 18 milhões passam a ser pagas e foi feito um escalonamento. Os principais credores são os hospitais Cristóvão da Gama e Beneficência Portuguesa. O primeiro será o último no cronograma, pois há um processo judicial em trâmite referente à dívida.
Os servidores ativos e inativos terão redução da contribuição. O servidor ativo que hoje contribui com 4% para o plano de saúde passa a arcar com apenas 3%, os das autarquias (Semasa e Craisa) passam de 8% para 6%, e os aposentados, que contribuíam com 15%, passam para a contrapartida de 12%. O projeto de lei que trata desta redução já está na prefeitura aguardando parecer financeiro para então seguir para a Câmara. O prefeito Paulo Serra acredita que o projeto esteja no Legislativo já na próxima semana. “Nos dias de hoje essa redução principalmente para os aposentados vai ajudar na economia das famílias, além de ter um serviço com mais qualidade e mais especialidades. Estamos animados que vai dar certo, essa ampliação do grupo no ABC”, disse o chefe do Executivo.