
A vida média no Estado de São Paulo aumentou 4,8 anos, é isso que mostra o estudo da Fundação Seade, com base nos dados de registro civil entre os anos 2000 e 2018. A faixa de menores de cinco anos foi a que mais contribuiu para o aumento da esperança de vida em todos os períodos analisados, 1960 – 1980; 1980 – 2000; 2000 – 2018. Já a faixa de 15 a 34 anos apresentou contribuição negativa.
Em comparação da esperança de vida ao nascer no Estado com os maiores índices internacionais, mostra que a diferença entre os indicadores reduz ao longo dos anos. Em 1940, a diferença entre São Paulo e Suécia, maior nível de esperança na época, era de 21,4 anos, já em 2018 esse número caiu para 7,8, em relação ao Japão, que tem o maior nível.
Entre 2000 e 2018, a diferença entre a esperança de vida feminina e masculina sofreu importante redução, e passa de nove para 6,3 anos, em decorrência de queda maior da mortalidade na população masculina em relação à feminina. Em 2000, a mortalidade masculina alcançava níveis mais de cinco vezes superiores à feminina na faixa etária de 20 a 24 anos, na sequência, redução substancial nessas relações.
A duração média de vida da população depende da distribuição dos riscos de morte ao longo de todas as faixas etárias. A diminuição desses riscos, em cada etapa da vida, reflete de forma direta no aumento da sobrevivência e no aumento da duração média de vida.
De acordo com o estudo, entre 20 e 40 anos de idade, a sobrevivência ampliou sua proporção de 86,1%, em 1940, para 97,6%, em 2018, tendo como referência internacional o nível de 99,1%. Entre 40 e 60 anos, a proporção de sobreviventes passa de 70,7% em 1940, para 90,5% em 2018. Completa-se, assim, grande parte do ciclo da vida em idade potencialmente ativa, em que a proporção de sobreviventes entre 20 e 60 anos alcançou 88,3% em 2018, contra 60,9% em 1940. A diferença com os níveis do Japão (94,8%) evidencia que ainda há distância a percorrer, mas em relação a 1940 as conquistas são impactantes.
Em relação à sobrevivência e esperança de vida da população idosa, em 2018, um habitante em São Paulo de 60 anos tinha expectativa de viver, em média, 21,7 anos adicionais, enquanto um de 80 anos esperaria viver mais 8,5 anos. Já em 1970, os valores correspondem a 16,6 e 5,8 anos. Esses os acréscimos de vida média foram, em grande parte, determinados pela redução das mortes causadas pelas doenças do aparelho circulatório.