
Quem gosta de drama vai gostar das novidades que estrearam esta semana no cinema. Tem história familiar, com pitadas de terror e até bem contemporânea no debate. É o caso do francês Amanda, dirigido por Mikhaël Hers, que apresenta famílias recompostas, uma mãe solteira (Ophélia Kolb) em busca de um namorado pelo Facebook e um irmão (Vincent Lacoste) que vive de pequenos bicos por Paris, alvo de ataques terroristas. Amanda é uma celebração silenciosa da resiliência humana.
Na trama, David vive feliz os seus 20 anos e tem adiado o tempo para tomar decisões mais sérias. O sonhador solitário sucumbe ao encanto de uma vizinha recém-chegado, mas a sua vida vira de pernas para o ar quando a irmã mais velha é brutalmente morta num ataque. Agora, o jovem deve cuidar da sobrinha, a pequena Amanda (Isaure Multrier) de apenas sete anos. O filme não é recomendado para menores de 14 anos.
A Sombra do Pai
Mistura de drama, fantasia e terror, o nacional A Sombra do Pai fica entre um filme de zumbis e uma saga familiar. Dirigido por Gabriela Amaral Almeida, o filme gira em torno de Dalva (Nina Medeiros), uma menina de nove anos, que de uma hora pra outra se torna responsável por sua casa quando seu pai, o pedreiro Jorge (Julio Machado), já traumatizado pela morte da esposa, fica doente. Órfã de mãe, Dalva precisa deixar de lado a infância para cuidar do pai, que por sua vez, tem de lidar com a frustração de perder aspectos de sua paternidade. Visto no 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em setembro de 2018, o filme é para maiores de 16 anos.
Tudo o que tivemos
Junto com a filha adolescente Emma (Taissa Farmiga), Bridget (Hilary Swank) precisa viajar de volta para a casa da sua mãe, Ruth (Blythe Danner), após ela acordar de madrugada e sair caminhando por uma tempestade de neve devido ao Alzheimer. No retorno a sua casa, Bridget precisa lidar com o teimoso pai Burt (Robert Forster) e o irmão Nicky (Michael Shannon), enquanto discutem sobre colocar Ruth em uma casa de cuidados para a memória ou não. Em resumo, o filme defende certa ideia de resiliência do amor: a de que é necessário sobreviver ao desgaste, às brigas, em nome dos laços familiares ou matrimoniais. Tudo o que tivemos (What They Had) é dirigido por Elizabeth Chomko e para maiores de 12 anos.