
Em resposta a questionamento do Repórter Diário sobre a descentralização da Farmácia de Alto Custo – que funciona atualmente no Hospital Mário Covas, em Santo André -, a prefeitura de Diadema informou em nota que o Poupatempo negou a possibilidade de acolher uma farmácia de alto custo descentralizada, da mesma forma que acontece em São Bernardo, onde a unidade está prestes a ser inaugurada. A prefeitura sugere na nota, que foi tratada de forma diferente.
O questionamento feito ao município veio de reportagem do RD sobre a proposta de instalação de farmácias descentralizadas de alto custo nos Poupatempo de São Bernardo, que deve ser inaugurada nos próximos dias, e de Santo André. “A Assessoria de Imprensa informa que houve tratativas entre a Prefeitura e o Poupatempo de Diadema, sendo que este negou a possibilidade de acolher a dispensação dos medicamentos. Diadema não se opõe ao recebimento do serviço, desde que o Estado, a quem compete esta responsabilidade, garanta os medicamentos e a infraestrutura e recursos humanos necessários ou recursos suficientes para financiá-la. Entretanto, diferente dos outros municípios, o Estado não ofereceu à Diadema condições de recebimento do serviço”, diz resposta da prefeitura.
A secretaria estadual de Saúde, informou que está aberta a negociação com os municípios. “A Secretaria de Estado da Saúde tem realizado estudos para otimizar o serviço de distribuição de medicamentos especializados no ABC. Inclusive, o primeiro piloto já em fase de finalização, com a implantação de um ponto de atendimento no Poupatempo de São Bernardo. A pasta segue à disposição dos municípios para discutir propostas e definir, conjuntamente, iniciativas que contribuam para a melhorar o atendimento à população”, diz nota da pasta estadual.
Já o Poupatempo não confirmou a negativa que a prefeitura de Diadema recebeu e diz que há estudos. “Há mais de 20 anos o Poupatempo presa pela qualidade em seu atendimento e facilita a vida do cidadão na hora de retirar os documentos, sem burocracia. Até o momento não existe nenhuma experiência na distribuição de medicamentos. A prefeitura de Diadema, por meio de ofício, fez a solicitação em 2018 e o esclarecimento foi que a estrutura dos postos era exclusivamente para emissão de documentos. Existe um estudo para que isso seja viável, mas ainda depende do resultado do projeto piloto, previsto em São Bernardo”, informou a assessoria de imprensa do órgão.