
foi morta em novembro de 2013. Corpo foi localizado cinco dias após desaparecimento
no Parque São Vicente, em Mauá (Foto: arquivo pessoal)
Foi realizado nesta quinta-feira (4), no Fórum de Mauá, o julgamento de Roseane Carla dos Santos e José Nilson da Costa, acusados de matar a adolescente Renata Miguel da Silva. O crime ocorreu em novembro de 2013, no Parque São Vicente, em Mauá. Presidido pelo juiz Marco Mattos Sestini, o julgamento durou praticamente o dia todo e os acusados acabaram condenados a 16 anos de prisão em regime fechado.
Segundo a acusação, na noite do crime, a vítima, então com 15 anos de idade, usou drogas com o casal, passou mal e morreu. Os acusados, então, deixaram o imóvel e fugiram. O corpo da vítima só foi encontrado cinco dias depois, sobre a cama dos acusados. O crime de homicídio foi colocado para apreciação de sete jurados, cinco homens e duas mulheres, todos com idades até 30 anos.
A primeira a depor foi Angelita Miguel, mãe da vítima, que relatou que não tinha conhecimento de que a filha era usuária de drogas, diferente do apontado por testemunhas ao longo do processo. “Ela era uma menina boa, cheia de sonhos, que me ajudava muito. Estudava e fazia aulas de ginástica rítmica”, disse. O depoimento aconteceu sem a presença dos réus.
Em seguida foi ouvida uma testemunha, amiga de Renata, já com os réus em plenário. José Nilson não demonstrou qualquer emoção, já Roseane chorou ao ver seus familiares na plateia e voltou a chorar ao fim do depoimento da testemunha. Ambos alegaram que tentaram socorrer a vítima. O advogado de defesa de Roseane, Rogério dos Santos, considerava que conseguiria livrar os réus da acusação de homicídio. Santos sustenta que Renata era usuária de drogas e costumava fazer uso com frequência.
O julgamento encerrou no começo da noite. Foram arroladas 10 testemunhas, sendo cinco de defesa, mas a maioria foi dispensada pelos advogados. Cerca de 40 pessoas acompanham o julgamento na plateia. Os pais da vítima acompanharam emocionados e de mãos dadas o desfecho do juri.