Mesmo 22 dias após a votação que aprovaram as contas do ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) em relação aos anos de 2015 e 2016, as consequências da sessão do dia 12 de junho ainda seguem no meio político, principalmente com aqueles que agora são colocados como ex-aliados do prefeito Orlando Morando (PSDB). Em discurso realizado na última quinta-feira (4), o presidente da Câmara, Ramon Ramos (PDT), afirmou que a base governista é formada por 18 vereadores e não por 21.

O pedetista discursava para um grupo de GCMs (Guardas Civis Municipais) que tiveram seu reajuste sancionado pelo prefeito Orlando Morando (PSDB). “Esse projeto foi votado pela maioria, pela unanimidade, mas temos que lembrar a todos vocês que esses vereadores que lá votaram, tirando os 18 vereadores que compõe a base do prefeito Orlando Morando que ajudaram e contribuíram, aqueles que vereadores que até um tempo atrás ficaram contra”, afirmou.
Apesar de não nominar, os 18 vereadores citados como aqueles que fazem parte da base governista são exatamente aqueles que votaram pela rejeição das contas de Marinho: Aurélio (PTB); Bispo João Batista (PRB); Eliezer Mendes (Podemos); Estevão Camolesi (Cidadania); Gordo da Adega (PCdoB); Fran Silva e Ivan Silva (ambos do SD); Jorge Araújo e Martins Martins (ambos do PHS); Reginaldo Burguês (PSD); Ramon Ramos (PDT); Juarez Tudo Azul, Pastor Zezinho Soares, Pery Cartola, Toninho Tavares, Ary de Oliveira, Samuel Alves e Almir do Gás (ambos do PSDB).
Outros três perderam o espaço dentro do grupo. José Alves da Silva, o Índio (PL) que votou a favor das contas de Marinho, e Mauro Miaguti (DEM) e Rafael Demarchi (PRB) que se abstiveram da votação, sendo que o fato foi encarado internamente como uma espécie de ajuda ao petista. Na votação dos dia 12 de junho todos negaram qualquer mudança no apoio a Morando.
“Nossa relação tem sido bem tranquila com o governo Orlando. Nós ajudamos naquilo que é possível, ajudando a cidade, nós ajudamos o Orlando em tudo o que foi solicitado na cidade e a nossa torcida é que a cidade melhor”, afirmou Demarchi.
“Eu acho que não deve haver mudanças. (A votação das contas) foi uma questão pontual e acho que não tem, pelo menos da minha parte, não tem nenhuma mudança sobre isso (participação na base governista)”, falou Miaguti que salientou que é necessária uma independência entre Legislativo e Executivo.
“Eu sou base (governista), deixei bem claro que sou da base, só não ia votar contra as contas do Luiz Marinho. Foi uma questão pontual. Todo o projeto que descer do prefeito Orlando Morando, se for bom para população pode ter certeza que eu vou aprovar. Se ele (Morando) disser que eu não sou da base, eu vou continuar sendo da base de que forma? Fui eleito pelo povo de São Berardo e vou votar em projetos que vão beneficiar a população”, disse Índio.
Até mesmo em discursos e em suas lives no Facebook Orlando Morando já fala do número de 18 vereadores em sua base e os agradece, mas sem fazer críticas aos vereadores que são considerados como ex-aliados.