
Palco histórico da cidade tanto em âmbito político quanto o esportivo, o estádio Primeiro de Maio está fechado, mas não completamente. Após a verificação de irregularidades por parte do Ministério Público, a Prefeitura de São Bernardo lacrou as dependências do local para os clubes, o que irritou o comando do São Bernardo FC, mas não a do EC São Bernardo.
No dia 12, os portões foram encontrados fechados pelos funcionários do Tigre que não conseguiram acessar o local para as atividades, o que aborreceu o presidente do clube, Edinho Montemor, que na última quarta-feira (17) publicou nas redes sociais do time um desabafo sobre a situação.
“O que nós queremos que o senhor prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), publique o edital de concessão o mais rápido possível para que todos aqueles que têm interesse em participar do edital de concessão deste estádio possam utilizar desse equipamento”, disse Montemor.
O São Bernardo FC foi o responsável pela construção de novas arquibancadas, alojamentos, centro de desempenho e academia, sendo que está última também era utilizada pelo EC São Bernardo.
Também utilizando as redes sociais, o presidente do Cachorrão, Felipe Cheidde Júnior, revelou sua intenção com o estádio. A ideia do projeto é assumir todos os gastos com o equipamento com um projeto de reforma e trazer um retorno social com um programa que atenda 300 idosos e 300 crianças entre 7 e 14 anos, com alimentação e um programa de atendimento psicológico.
“Sobre a atual Administração (Prefeitura) e o estádio Primeiro de Maio, nesses 92 anos de história devem ter passado cerca de 20 prefeitos dos mais diversos partidos políticos, com os quais tivemos um relacionamento educado, sadio e harmonioso. Dessa vez não será diferente, vamos respeitar toda e qualquer atitude que a Administração vier a tomar”, falou Felipe Cheidde.
Em contato com o RD, a Prefeitura informa, por meio de nota, que houve um questionamento do Ministério Público sobre o atual modelo de concessão, o que resultou em sua rescisão “uma vez que houve questionamentos sobre o uso do espaço por empresa privada, cuja diretoria respondia pelo time e não remunerava o município. Hoje, o município busca um novo modelo de concessão para o Estádio, que apresente mais transparência e lisura, visando o benefício para toda a população”.