
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que cerca de 10 presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mauá, foram diagnosticados com sarampo, sendo submetidos a atendimento médico e medicações.
Os detentos permanecem isolados dos demais custodiados e, seguindo protocolos e orientações de saúde da Vigilância Epidemiológica e da Coordenadoria de Saúde, a unidade suspendeu toda alteração de cela e raios no interior do presídio. Foi interrompida, ainda, a entrada e saída de presos para impedir o alastramento da doença a outros estabelecimentos penais, além de cancelar a movimentação externa de presos de uma determinada área, onde foram identificados os primeiros diagnósticos da doença.
Desta forma, a visita foi interrompida somente nos raios onde aconteceram os primeiros casos de sarampo. Os demais pavilhões, onde não há casos, as visitas estão normais. As medidas, de acordo com a SAP, visam preservar a saúde pública e a integridade física dos presos, visitantes e terceiros que possuam contato com os reclusos. “Ressaltamos que, toda população carcerária, bem como os servidores, foram vacinados nos dias 26 e 30/07/2019”, diz a nota enviada pela SAP.
Por conta da proibição das visitas, a mãe de um detento, Andreia Gomes, de 41 anos, conta não ter notícias do filho há duas semanas. “Na verdade eles apenas colocaram um comunicado para a gente não falar mais nada, e nisso estou sem ver meu filho”, reclama ao reiterar ainda que não tem qualquer informação sobre a saúde do mesmo. “Não sei se meu filho está com sarampo, porque sequer avisam alguma coisa”, acrescenta.
Nos outros três centros de detenção provisória da região, em Diadema, Santo André e São Bernardo, não houve registros de detentos com sarampo. Na oportunidade, houve campanha de vacinação de toda a população carcerária e corpo funcional. (Colaborou Fernando Scerveninas)