Faltam cerca de 13 meses para o primeiro turno das eleições de 2020, porém, muitos partidos já articulam os possíveis candidatos a prefeito na região, entre eles, o PT andreense. Em entrevista ao RDtv, na última sexta-feira (23), o pré-candidato Erick Eloi demonstrou sua preocupação com a “demora” na escolha de um nome e culpa nomes fortes da legenda na cidade pelo fato, chamando-os de “forças ocultas”.

Para o enfermeiro e empresário, a indefinição do apoio por parte do ex-prefeito Carlos Grana e dos ex-deputados Luizinho e Luiz Turco acabam “atrapalhando” o momento da escolha de um possível nome, mesmo com as articulações já realizadas nos últimos nomes entre outros nomes da velha guarda petista como o ex-prefeito João Avamileno que declarou apoio a Eloi.
Tal cenário é visto pelo petista como favorável a outros dois pré-candidatos do partido, os vereadores Bete Siraque e Eduardo Leite, que também pleiteiam uma futura candidatura ao Paço. Essa lista é completada pelo também legislador Willians Bezerra, visto por Erick Eloi como um candidato que “realmente quer colocar sua candidatura a prefeito”.
Outro fator que é visto pelo enfermeiro como determinante para a escolha é a participação da militância petista no PED (Processo de Eleição Direta) que acontece no próximo dia 8. Apesar da maioria dos pré-candidatos (exceção de Willans Bezerra) apoiar o nome de Antonio Padre para liderar o PT em Santo André, o tamanho do eleitorado que participar é visto como outro cenário que demonstrará como está o clima interno.
Erick tenta emplacar o discurso de renovação partidária e fortalecimento da atual bancada de vereadores que também conta com dois dos seus principais apoiadores, Luiz Alberto e Alemão Duarte. O empresário que busca sua primeira tentativa eletiva, quer que o partido possa dar uma resposta para a sociedade sobre o que ocorreu nos últimos anos.
“É inegável que existe um sentimento crescente de descrença por parte da sociedade. Como o Partido dos Trabalhadores está inserido nesse contexto, a gente precisa começar a entender o que o eleitorado quer, o que a população pede e o que a militância espera. Então a militância espera que sejam renovadas as esperanças e a credibilidade interna entre os quadros, mas a cidade clama por isso muito mais frequentemente”, afirmou.
Apesar de considerar que o partido não se recuperou do baque interno após a apelidada “prévia do fim do mundo” em 2008, entre os então pré-candidados Vanderlei Siraque e Ivete Garcia, Erick Eloi não descarta a possibilidade de nova prévia caso nenhum dos quatro postulantes prefira deixar a disputa.