Banana fica 12% mais cara e eleva preço da cesta básica

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O preço de 23 produtos da cesta básica apresentou variação entre julho e agosto, conforme pesquisa semanal divulgada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). O destaque negativo vai para a banana, que ficou 12% mais cara, seguida do açúcar 10,39% e da cebola com 7,11%. Com isso, o valor da cesta, com os 34 produtos, aumentou de R$ 623,62 para R$ 629,02.

Em julho, o quilo da banana estava a R$ 3,51, e em agosto subiu para R$ 3,93. O preço médio do quilo também ficou mais caro em relação ao mesmo mês de 2018, quando custava R$ 3,67, uma alta de 10%. A explicação, segundo o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá de Benedetto, responsável pela pesquisa, é o clima frio que interfere na plantação. “O clima gelado e as chuvas atrasam o desenvolvimento da fruta tropical, mas acredito que quando passar este período o preço vai cair consideravelmente”, afirma.

Outro produto que pesou mais no bolso foi o quilo do açúcar, encontrado a R$ 2,3 em julho e R$ 2,5 em agosto. Em comparação ao preço médio anual, o aumento foi de 4,6%, com R$ 2,39 o quilo. Na visão de Benedetto, não há informação concreta que justifique o valor, um palpite é a alta competitividade de marcas. “Percebemos a chegada de novas marcas, e isso é um bom sinal para que o preço não se sustente lá em cima por muito tempo. Assim o recuo pode acontecer mais rápido”, comenta.

O preço da cebola também deve permanecer alto nos próximos dias. Com o frio e o desabastecimento na safra das cebolas paulistas, foi preciso recorrer a outros Estados e até o Exterior, como Argentina. “Recebemos aquelas cebolas com cascas mais avermelhadas, mais grossas. Por não ser uma safra comum, automaticamente o preço sobe”, explica. Em relação a agosto de 2018, o preço do quilo na quarta semana de agosto deste ano chega a assustar. Enquanto na época o produto custava R$ 2,15, agora custa R$ 5,66, alta de 163%. “É o reflexo da falta de estímulo no plantio”, acrescenta.

Frutas cítricas e hortaliças

A orientação do agrônomo é que, no fim do inverno, a população aproveite o valor das hortaliças folhosas e frutas cítricas antes que o preço suba nos supermercados. Boa pedida são as laranjas, mexericas e saladas variadas com alface, almeirão e espinafre.