
A prefeitura de Diadema tem até as 14 horas desta quinta-feira (12/09) para encaminhar ao Ministério Público os laudos que atestem a necessidade de remoção das 14 árvores que estão marcadas para serem derrubadas durante a reforma da Praça Castelo Branco, no Centro de Diadema, cujas obras começaram há uma semana. Em despacho, após conversa com a secretária municipal de Meio Ambiente, Tatiana Capel, a promotora do Meio Ambiente, Cecília Maria Denser de Sá Astoni determinou também que a prefeitura marque reunião com o Comdema (Conselho Municipal de Meio Ambiente), o que deve acontecer na próxima semana. Até lá as intervenções continuam, mas as árvores não devem ser tocadas.
“O fato mais importante é que a promotora convenceu a prefeitura a marcar uma reunião com o conselho. A prefeitura sustentou que parte das árvores teria que ser removida para adequação do projeto, mas a nossa posição é que o projeto é que deve se adequar às árvores e não o contrário”, disse o vice-presidente do Comdema, Francisco de Assis Cardoso, que chama atenção para outras 23 árvores que seriam remanejadas de local. “Eles não podem mexer com a paisagem, que é um patrimônio da cidade, se mudar de lugar vai desfigurar e é isso que não queremos. Além do mais, no processo de remoção, algumas vão morrer. Essa conversa de remover nunca foi tratada no Comdema”, diz o conselheiro.
À promotoria Tatiana e o assistente da pasta de meio ambiente José Vieira Gonçalves, disseram que não houve alteração do projeto e que “todas as supressões foram autorizadas por motivos técnicos”, diz ata da reunião. De acordo com a prefeitura seriam suprimidas 4 exemplares arbóreos mortos, 2 por problemas fitossanitários e 7 por interferência no projeto. A prefeitura alega que não houve mudança “mas apenas adequação no projeto…ademais haverá compensação ambiental de plantio de 40 árvores somente em razão dessas supressões além do plantio de mais 32 adicionais”.
O Ministério Público investiga esse projeto deste julho do ano passado, depois que a imprensa mostrou que a prefeitura, implantaria um bolsão de estacionamento no local e suprimiria parte da vegetação.